domingo, 20 de julho de 2014

Mais do Mesmo

Imagem extraída de https://www.facebook.com/fifaworldcup/


Jornais cravam como certo o retorno de Dunga (foto) como técnico da Seleção Brasileira devido à sua proximidade com Gilmar Rinaldi, novo diretor de seleções nomeado pela CBF. Os nomes de Tite e Muricy correm por fora. Há quem peça os nomes de Mano Menezes, Abel Braga, e por aí vai.

Praticamente não há treinador aqui no Brasil com o perfil adequado para mudar a nossa seleção, a meu ver. Todos os nomes mencionados acima rezam pela mesma cartilha de jogar pelo regulamento e evitar uma derrota a qualquer custo.

Dunga: sua envelhecida seleção se destacou muito mais pela raça do que pela técnica ou talento. Muricy: venceu três Brasileirões seguidos retrancando a equipe e fazendo gols só de bola parada. Tite: seu Corinthians fazia um gol e depois causava calafrios no torcedor de tanto que sua equipe recuava. Mano: idem. Abel: vide o jogo Inter x Barcelona de 2006. Ou seja, nenhum desses treinadores difere muito de Felipão pelo estilo de comando ou de jogo adotado.

A Seleção precisa respirar novos ares. Precisamos aprender com outras escolas de futebol. As ideias do futebol brasileiro se esgotaram e pararam no tempo, tanto que todo o nosso Brasileirão 2014 continua nivelado por baixo, exceto, talvez, pelo Cruzeiro.

Não devemos copiar outros estilos de futebol, mas deveríamos, ao menos, abrir nossas portas a treinadores estrangeiros e, com isso, trazermos novas ideias ao nosso futebol. As seleções do Chile e da Colômbia, por exemplo, foram comandadas por treinadores argentinos e fizeram muito sucesso, seja pelo estilo de jogo, seja pelo desempenho acima do esperado. O Real Madrid da Espanha venceu sua décima Champions League comandada por Carlo Ancelotti, um italiano. O Atlético de Madrid voltou a vencer um Campeonato Espanhol após 18 anos sob o comando de Diego Simeone, um argentino. O Manchester City foi campeão inglês sob a batuta de Manuel Pellegrini, um chileno. Temos, ainda, o catalão Josep Guardiola no Bayern. E por aí vai. Todos estes treinadores não fizeram sucesso apenas devido à qualidade dos seus elencos, mas também porque trouxeram inovações ao futebol dos países mencionados.

É fato que somos os maiores vencedores em copas do mundo com cinco títulos e que o futebol é tradição em nosso país. Mas também é fato que paramos no tempo e sentamos na nossa fama enquanto os outros países estão se aprimorando cada vez mais, em especial a Espanha e a Alemanha. A Itália e agora a Alemanha já têm quatro títulos. Se vencerem mais um mundial, se igualarão ao Brasil em número de títulos e não haverá mais a "zona de conforto" na qual os dirigentes tanto se apoiam.

Caso a vinda de um treinador estrangeiro não seja possível, sugiro a contratação do treinador Marcelo Oliveira (foto abaixo), que atualmente comanda o Cruzeiro. Ele, ao menos, tem as ideias das quais nossa seleção necessita para voltar a jogar um bom futebol. No ano passado, a Raposa venceu o Brasileirão com sobras e agora tem tudo para repetir o feito em 2014.


Imagem extraída de https://www.facebook.com/cruzeirooficial

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