terça-feira, 22 de julho de 2014

Apoiar ou Secar?

Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/


Será anunciado hoje o novo técnico da Seleção Brasileira, que terá a missão de reerguer o Escrete Canarinho após a surra da Alemanha e também de montar um novo time para este ciclo, que terá o mundial de 2018, a ser realizado na Rússia, como principal objetivo.

A imprensa cravou que Dunga será o novo treinador, mas ainda tenho pequenas esperanças de que outro técnico seja escolhido. Caso o ex-volante esteja mesmo de volta à Seleção, não será surpresa. O brasileiro sempre tende a se apegar à segurança de um caminho já trilhado do que arriscar um novo.

Como deveria encarar o provável regresso de Dunga à Seleção? Nunca concordei com sua filosofia de trabalho a despeito dos títulos conquistados (Copa América 2007, medalha de bronze nas Olimpíadas 2008 e Copa das Confederações 2009). Também nunca fui fã de seu estilo de jogo, marcada muito mais pela raça do que pela técnica.

Um amigo sugeriu que eu fizesse campanha para "secar" a Seleção Brasileira. Não considero a ideia nem um pouco ruim, afinal os nossos dirigentes não mostram nenhuma vontade de mudar o futebol brasileiro, os nossos treinadores vivem apostando na "eficiência" e os jogadores se destacam muito mais pela raça do que pelo talento, salvo por um ou outro Neymar da vida. Por que eu deveria torcer por uma seleção que não representa meus ideais e, tampouco, o verdadeiro futebol brasileiro?

Durante a última copa, contudo, pensei friamente no que andei escrevendo aqui no blog e no que dizia durante as rodinhas de conversa. A Seleção estava muito ruim, mas não dava gosto de torcer contra o time de Felipão, ainda que ele não representasse o nosso futebol. Eu declarei abertamente meu apoio às seleções que jogam um bom futebol (Espanha, Alemanha, Argentina, Colômbia e Chile), além do Uruguai (apenas por mera simpatia), da Croácia e da Bósnia-Herzegovina (que encontraram no sucesso do futebol uma maneira de superar as tragédias recentes). Mas a medida que o Brasil foi avançando, perdi um pouco o gosto de ser o "do contra" e cheguei a desejar em alguns momentos que o selecionado realmente conseguisse o hexa.

Darei uma chance ao próximo treinador, independente de quem for. Se vier o próprio Dunga, darei-lha uma chance de se "redimir" pelo futebol feio praticado pelos seus times, embora eu duvide que o técnico mude sua filosofia de trabalho.

Prefiro deixar as vaias ou aplausos para o momento em que a Seleção Brasileira tiver escolhido o seu caminho.

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