Uma Lágrima para Leo

Imagem extraída do Facebook oficial do Barcelona- https://www.facebook.com/fcbarcelona/

Fiquei feliz com a conquista do tetra pela Alemanha, afinal foi a consagração do futebol-arte aliado ao profissionalismo. Mas, ao mesmo tempo, fiquei triste porque a Argentina não conseguiu chegar ao tri.

Quem me acompanha pelo blog sabe que gosto do trabalho de Alejandro Sabella -embora eu o tenha criticado pelo excesso de cautela nos dois últimos jogos- e tenho um profundo respeito e admiração pelo grande Lionel Messi.

Após 24 anos longe de uma final, a Albiceleste, enfim, teria a chance de reaver a taça e em seu próprio continente. Ela nunca esteve tão perto.

Mais do que isso, era a chance para consagrar em definitivo a geração de Lionel Messi, sucesso indiscutível no Barcelona mas jamais tendo o mesmo êxito pela seleção de seu país. O cenário era perfeito, com a torcida comparecendo em peso e havia, ainda, a chance de dar o troco na carrasca Alemanha. E Messi era o capitão argentino e teria a grande honra de erguer a taça em caso de vitória.

A Argentina havia sido melhor no primeiro tempo, criando as melhores chances de gol aproveitando os espaços deixados pelos avanços dos alemães. Higuaín, Lavezzi e o próprio Messi, contudo, não aproveitaram as chances oferecidas no primeiro tempo e elas fizeram falta no final. Muita falta. Não tornaram mais a aparecer a medida em que a Mannschaft crescia no jogo.

Ao apito final do árbitro Nicola Rizzoli, o que se viu foi um Messi cabisbaixo, frustrado, calado. Nem mesmo a escolha como melhor jogador da Copa -honra que eu discordei, como escrevi em posts anteriores- parecia consolá-lo.

Imagem extraída de https://www.facebook.com/fifaworldcup/

Questionaram-me ontem em meu trabalho o porquê de eu sentir pena de Messi. Ele ganha tanto dinheiro. Ele vive daquilo que mais gosta. Ele tem tudo que um homem sempre desejou. Por que sentir pena de alguém que tem tudo isso?

Senti pena porque Messi não é apenas um jogador, ele também é um ser humano acima de tudo. Ele sofre como nós, se frustra, se irrita. Ele pode ter "tudo", mas não conseguiu justamente conquistar o título que faltava para sacramentá-lo em definitivo como maior jogador do mundo. Nenhum carro de luxo, iate, dinheiro ou jóias pagaria pelo troféu que a Pulga deixou escapar. E a frustração torna-se ainda maior quando se pensa a respeito daquelas chances desperdiçadas e que poderiam mudar o cenário do jogo.

Faz parte do esporte. Havia apenas uma taça a ser disputada entre 32 times. Haveria apenas um vencedor.

Levante a cabeça, Leo! O sonho não acabou, pode apenas ter sido adiado! Ainda há muitas taças para você conquistar e muitas façanhas para você realizar! Quem sabe lá na Rússia a taça não esteja esperando por você! O fracasso de hoje pode ser o caminho para o sucesso de amanhã!

Boa sorte e parabéns por ter levado a Argentina tão longe!

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