Imagem extraída do Facebook oficial do Corinthians- https://www.facebook.com/corinthians/ |
Entendo que uma derrota por 4x1 não é um resultado fácil de engolir, ainda mais levando-se em conta que o Corinthians poderia até perder por dois gols de diferença na situação em que se encontrava. Eu concordo plenamente com as críticas e os protestos feitos pelo torcedor corinthiano na última sexta-feira diante do ocorrido.
Algumas críticas, no entanto, merecem ressalvas. O volante Elias (foto) e o zagueiro Gil estavam servindo à Seleção Brasileira na terça-feira (dia 14) e voltaram às pressas para o jogo da Copa do Brasil no dia seguinte. E a dupla voltou sem condições de jogo.
Muitos criticaram a dupla corinthiana utilizando como argumento atletas que estavam na mesma situação, como Paolo Guerrero (estava na Seleção do Peru), Álvaro Pereira (estava com a delegação do Uruguai) e Diego Tardelli (foi titular nos dois jogos da Seleção Brasileira). Os três jogadores mencionados disputaram seus respectivos amistosos, voltaram correndo para os jogos de quarta-feira e entraram em campo como titulares de seus respectivos times.
Guerrero, Pereira e Tardelli, no entanto, foram exceções e não regras. A grande maioria dos jogadores que estava na mesma situação do trio também desfalcou seus respectivos clubes. Basta ver o meu São Paulo, que entrou em campo sem Kaká e Souza. Ou o Santos que não teve Mena (que estava na Seleção Chilena) e Robinho. Tivemos, ainda, o caso de Jefferson, que desfalcou o Botafogo na semana passada.
É muito desgastante para um jogador atuar em partidas por dois dias seguidos (como foi o caso de Tardelli), viajar por mais de 12 horas de avião e ainda ter de enfrentar a diferença de fuso, que é de quase 12 horas da China até o Brasil. O cansaço do atacante atleticano era notável. Eu assisti à partida entre Huachipato e São Paulo, e vi o lateral Álvaro Pereira, que estava nas mesmas condições, jogar com muito sacrifício.
A importância de uma partida contra o Atlético Mineiro exigia jogadores em boas condições físicas ou o time teria seu funcionamento comprometido. Por vezes, é melhor e mais prudente mandar a campo um reserva fisicamente melhor do que um titular completamente desgastado.
Elias e Gil, portanto, não têm culpa na dolorosa eliminação para o Atlético Mineiro. A dupla poderia ter feito a diferença em campo, mas dificilmente o fariam nas condições em que se encontravam.
Se quiserem um culpado, saibam que ele se chama CBF, que marca jogos decisivos nas "datas FIFA", prejudicando as equipes brasileiras. E isso não é de hoje.
Leia mais:
Globo Esporte- Elias cita "sacanagem" da torcida com ele e diz: "Temos vergonha na cara": http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2014/10/elias-cita-sacanagem-da-torcida-com-ele-e-diz-temos-vergonha-na-cara.html
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