quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Saudades do "Médico Louco"

Imagem extraída de https://www.facebook.com/craqueneto/



Faz algum tempo que não assisto ao programa Jogo Aberto da Band.

Não tinha mais tempo de acompanhar ao animado debate entre a apresentadora Renata Fan e seus companheiros em virtude do meu trabalho. Eu perdi de vez o meu interesse pelo programa com a saída do ex-árbitro Oscar Roberto Godói -atualmente na Gazeta- em 2010. E agora tenho ainda menos vontade de assistir à atração sem o Doutor Osmar de Oliveira, falecido em julho deste ano.

Considerava o médico e comentarista um dos alicerces do programa, junto com Godói, Ulisses Costa, Neto e a própria Renata.

Lembro-me quando era 2007 e acompanhava o programa a fio. Passava por alguns problemas pessoais e encontrei no futebol uma maneira de esquecê-los. Assistia aos jogos, lia as análises no extinto Jornal da Tarde e via os debates no Jogo Aberto.

Como era divertido assistir ao ex-médico do Corinthians e seus eternos debates com o Dr. Marco Aurélio Cunha (médico e ex-superintendente do São Paulo) tirando sarro um do outro. Como eram interessantes os comentários do Dr. Osmar, que combinavam jornalismo esportivo e experiência em medicina. Ele, como poucos, sabia explicar ao expectador conceitos a respeito de fraturas, lesões musculares, luxações e outros acidentes comuns no futebol.

Prestamos homenagens ao Dr. Osmar em nossa página no Facebook. Ele nos deixou em julho desde ano em meio à euforia da Copa do Mundo, mas jamais tive a oportunidade de escrever um texto sobre o médico e comentarista.

Houve um Majestoso há algumas semanas atrás e foi estranha a ausência dos comentários do médico, nem que fosse apenas para tirar sarro do meu São Paulo. Ele mal pôde aproveitar a recém-inaugurada Arena Corinthians, quanto mais curtir a boa campanha que o Timão vai fazendo na Copa do Brasil -não confundir com qualidade do futebol jogado.

Não tenho mais vontade de assistir aos debates sobre futebol. Os jogos estão muito ruins em todos os sentidos para serem avaliados e os comentaristas, em sua maioria, exaltam muito mais a raça dos times quando deveriam exigir mais técnica e talento.

E tenho ainda menos vontade ao saber que nunca mais poderei ouvir os comentários do Doutor Osmar, o médico "louco do bando".

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