quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Questão de Confiança

Imagem extraída do Facebook oficial do Palmeiras- https://www.facebook.com/sePalmeiras/



Andei cansado nestes últimos dias. As noites mal dormidas somadas ao estresse gerado pelas eleições têm secado a minha fonte de inspiração para escrever. Felizmente, amanhã terei um dia de folga e posso recolocar as coisas no lugar.

Acompanhei ontem a partida entre Palmeiras e Botafogo realizada no Maracanã. E o Verdão, mesmo com as limitações que possui, soltou-se mais em campo e foi ao ataque.

A boa vitória por 4x2 sobre a Chapecoense há uma semana devolveu a confiança que faltava ao elenco. E ainda contava com o retorno do goleiro e capitão Fernando Prass, que estava afastado desde abril. Prass assumiu o gol palmeirense em um momento marcado pela insegurança e pelas falha dos substitutos Fábio e Deola.

A partida não foi um espetáculo, muito longe disso. Duas equipes que jogavam na correria, erravam muitos passes, cometiam muitas faltas e demonstravam muitas deficiências nos fundamentos.

O Palmeiras, contudo, era visivelmente superior em campo, tanto pelo elenco, quanto pela execução das jogadas. O momento ruim do Fogão -que vinha de duas derrotas consecutivas, está com salários atrasados e apresenta desentendimentos entre cartolas e atletas- sem dúvida contribuiu com o triunfo do time paulista.

Valdívia, mais uma vez, demonstrou as suas qualidades em campo. Apresentou momentos de instabilidade como o cartão desnecessário que levou após empurras Júnior César sem bola, mas também apresentou momentos de lucidez e de esforço com seus bons passes e boa presença de área. E o Henrique, mesmo sem ser tecnicamente brilhante, fez um belo gol, o único da partida.

O resultado colocou o Palmeiras na 13ª posição, três pontos longe da zona de rebaixamento. O Fogão, por outro lado, somou a terceira derrota seguida e agora segura a lanterna do campeonato, correndo o risco de amargar o segundo rebaixamento de sua história, exatos doze anos após o primeiro em 2002.

O Palmeiras não briga por títulos neste ano e, dificilmente, jogará um futebol empolgante, salvo por um ou outro lampejo. O elenco, no entanto, conta com atletas jovens e promissores. A presença dos líderes Prass, Lúcio e Valdívia somadas à identificação que o treinador Dorival Júnior tem com o clube -ele é sobrinho do lendário volante Dudu- podem transformar esses garotos em grandes jogadores de bola. E a confiança gerada pelos últimos resultados pode ser o impulso que faltava ao time para fugir de vez do rebaixamento.

Espero, no entanto, que Dorival faça deste time uma máquina ofensiva e artística, ainda que a longo prazo.

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