sábado, 11 de outubro de 2014

As Eleições Estão Parecendo o Futebol Brasileiro

Será que mais alguém aí está saturado da corrida eleitoral brasileira, ou sou apenas eu?

Eu não assisto ao horário eleitoral e nem vejo os debates. Simplesmente, vejo as propostas dos candidatos nos sites ou nos perfis oficiais nas redes sociais e sigo em frente. Os candidatos sempre dedicam alguns poucos minutos de seu espaço na mídia para apresentarem propostas e o restante caem de pau no adversário.

O brasileiro sabe que existem denúncias circulando na mídia contra os candidatos e seus partidos, mas o que deveria ficar em primeiro plano são as propostas de governo, e não os ataques ao adversário. Mais parece a mentalidade dos "professores" que impregnam o Brasileirão, armando seus times muito mais para impedir o rival de jogar do que vencer por méritos próprios. Claro que se o referido candidato tem a ficha suja isso tem de vir a público, mas no momento oportuno. Não quero votar no candidato menos pior, quero eleger um que me represente.

Pior ainda são as pessoas que se valem do anonimato nas redes sociais, divulgam várias "informações" de procedência duvidosa (a maioria sequer possui fontes), falam em nome dos partidos ou dos candidatos e saem por aí transformando a internet em uma verdadeira baixaria. E o pobre eleitor, chocado ou revoltado com o que lê, acaba compartilhando e entrando nessas roubadas. Isso sem falar daqueles que o fazem por pura má-fé.

Os debates entre eleitores, então, acabam muitas vezes sustentados por ódio ou fanatismo. Fazer críticas ao partido ou elogiar o adversário vira motivo de briga. Mais parece aqueles torcedores que vão no estádio apenas para brigar.

Fair play deveria haver também na política. Gostaria que houvesse mais espaço para assuntos mais edificantes, e não para a destruição de um adversário. Até porque estamos falando de concorrentes, e não de inimigos, assim como o esporte.

Alguém aí está acompanhando o Mundial Feminino de Vôlei? As nossas meninas jogam em vários clubes diferentes aqui no Brasil -alguns são rivais ferrenhos, como o Molico Nestlé e o Unilever- mas as atletas deixam a rivalidade entre os times de lado e se unem na Seleção. Sabem por que? Porque elas sabem que rivalidade não é inimizade, e que o Brasil só tem a ganhar com todas unidas.

O nosso futebol está feio, ultrapassado e está valendo tudo para obter uma vitória ou resultado a curto prazo. A política não pode seguir pelo mesmo caminho. As propostas edificantes não podem ser substituídas pelos ataques aos adversários.

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