segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Sim, É Pra Comemorar!

Imagem extraída de http://italy2014.fivb.org/



As fotos da cerimônia de entrega das medalhas e das premiações individuais não haviam ido ao ar até o fechamento da resenha anterior, mas é com grande prazer que escrevo mais um post valorizando o bronze conquistado pelas nossas meninas.

Todos esperavam o ouro, é claro. Isto ficou evidente no semblante das atletas após a derrota para os Estados Unidos no sábado. O título é sempre o objetivo (e não a obrigação) de cada seleção e, sem dúvida, é triste saber que chegamos tão perto da taça mas o sonho ficou adiado novamente, desta vez para 2018.

Sabemos, no entanto, como nossas atletas se empenharam e como esta geração possui muita qualidade, seja na técnica ou no talento. A equipe é praticamente a mesma desde 2012 e os desempenhos anteriores estão aí para provar que não foi por falta de jogadoras que o ouro nos escapou novamente.

Houve alguma falha? Sim, houve. É costume do brasileiro iniciar uma "caça às bruxas" todas as vezes em que seu time não conquista um título. O torcedor brasileiro quer vencer, e não competir, valendo muito mais o resultado final do que os meios para alcançá-lo. Mas, ao menos nas redes sociais, tenho notado que o Brasil reconheceu o esforço das jogadoras e do treinador. Muitos elogios e poucos comentários hostis, felizmente.

A qualidade de nossas atletas também ficou evidente nas premiações individuais, afinal emplacamos duas jogadoras na seleção do mundial. A oposta Sheilla e a central Thaísa foram eleitas as melhores em suas respectivas posições.



Imagem extraída de http://italy2014.fivb.org/

As melhores jogadoras (por posição) foram as seguintes:

Melhores ponteiras: Ting Zhu (China) e Kimberly Hill (Estados Unidos)
Melhores centrais: Thaísa (Brasil) e Junjing Yang (China)
Melhor levantadora: Aliha Glass
Melhor oposta: Sheilla (Brasil)
Melhor líbero: Monica DeGennaro (Itália)
MVP: Kimberly Hill (Estados Unidos)

Lamentei as ausências da oposta Valentina Diouf (Itália) e da ponteira Jaqueline (Brasil). Elas jogaram muita bola no campeonato, mas a seleção ficou ótima e as atletas nomeadas tiveram méritos nas premiações individuais.

O Brasil foi, ainda, agraciado com o prêmio de fair play da competição, recebido pelo treinador José Roberto Guimarães.

O Brasil continua a preparação para o ciclo olímpico, afinal as olimpíadas são sempre o objetivo principal do vôlei brasileiro, e nossas meninas querem fazer bonito em casa. A responsabilidade vai ser muito grande, ainda mais levando-se em conta que o Brasil é o atual bicampeão olímpico.



Imagem extraída de http://italy2014.fivb.org/


O desempenho de nossas seleções de vôlei foi muito satisfatório, tanto para o time masculino como o feminino. Os rapazes foram vice-campeões na Liga Mundial (após sofrerem muito nas mãos dos iranianos, italianos e norte-americanos) e do Mundial (competição que teve a arbitragem e os critérios de classificação bastante contestados). As meninas, por sua vez, nos trouxeram este bronze no Mundial e também o decacampeonato do Grand Prix. Coincidentemente, a Seleção Feminina sofreu apenas uma derrota em cada uma dessas competições disputadas.

A boa fase de nossas seleções, contudo, não pode nos fazer esquecer dos problemas em nosso vôlei. Recentemente, mais um clube, o Volta Redonda, fechou as portas. E isso significa menos oportunidades para formar novos atletas e, consequentemente, menos talentos para as nossas seleções futuras. E o que dizer de nossa ponteira Jaqueline, que jogou muito neste ano, mas dificilmente poderá atuar no Brasil devido ao absurdo sistema de ranking imposto pela CBV.

O Brasil, mesmo com os problemas e com as frustrações, deve comemorar muito suas conquistas. As seleções se empenharam muito e todos sabem muito bem disso.

Valeu, Brasil! Até 2015!



Imagem extraída de http://italy2014.fivb.org/

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