domingo, 12 de outubro de 2014

Apenas Lampejos

Imagem extraída de https://www.facebook.com/BotafogoOficial/



Acompanhei o embate entre Botafogo e Corinthians, que aconteceu no gramado lamentável da Arena da Amazônia. Como bem pontuou o locutor da partida, esse estádio foi utilizado em uma Copa do Mundo, recebeu um monte de certificados mas seu estado atual não faz jus ao tal "padrão FIFA".

O Corinthians, novamente, tropeçou em um adversário em crise. Isso acontece porque os times que estão em melhor fase (Cruzeiro, São Paulo, Fluminense, ...) tendem a atacar mais, oferecendo espaços para contra-ataques corinthianos. Mas quando o rival se fecha, o Timão sofre porque não tem criatividade no meio-de-campo para atacar e acaba sendo vítima da sua própria arma. Aliás, diante do lanterna do Brasileirão, não justificava entrar em campo com tantos volantes (Petros, Bruno Henrique e Guilherme).

O Botafogo, por outro lado, me fez lembrar o significado da palavra "raça" no bom sentido. Com salários atrasados, demissões em massa e ocupando a lanterna do campeonato, o Fogão utilizou tudo o que estava a seu alcance pelo resultado. Bati palmas para a atitude dos atletas que, por um instante, esqueceram a crise e buscaram jogo. No entanto, eles estariam cobertos de razão caso fizessem uma greve ou apoiassem os companheiros demitidos. Eu os aplaudiria da mesma forma.

O nível técnico da partida foi lamentável, com muitas faltas, correria e afobação. Nada de tabelas, dribles ou finalizações bem feitas. Dois times que brigavam por uma bola. Corinthians e seu meio-de-campo totalmente voltado para a marcação contra o desespero do Botafogo.

O pênalti dado ao Botafogo foi, no mínimo, discutível. Como bem falou o lateral Fábio Santos (que cometeu a infração), realizou-se um grande evento para discutir a questão da mão na bola, mas os árbitros não chegam em um consenso a respeito da regra, com cada um adotando seu próprio critério. Segundo o lateral, o árbitro da partida contrariou o que o palestrante do evento discursou.

As únicas coisas louváveis da partida foram a raça (no bom sentido) do Fogão, o goleiro Helton Leite (foto -que fez grandes defesas) e a entrevista de Fábio Santos, que fez críticas à arbitragem (com razão) e exaltou a atitude do rival em um momento de crise.

Que bom seria se as entrevistas pós-jogo fossem como as suas, Fábio.

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