Imagem extraída de http://www.facebook.com/TourPalmeiras |
Corinthians e Palmeiras ainda não chegaram a um acordo para a renovação (ou não) com seus atuais treinadores.
Tite e Gilson Kleina têm lá seus méritos, é verdade, mas eu não os coloco em um pedestal, dada a atitude adotada pelos treinadores de defender mais do que atacar. Mesmo para o atual treinador do meu São Paulo, Muricy Ramalho, eu faço elogios com reservas.
Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, chegou ao Timão em 2010 e passou por muitas crises desde o seu retorno ao Parque São Jorge -a maior delas foi em janeiro de 2011, quando o Coringão caiu diante do Tolima na Libertadores. Os dirigentes bancaram o técnico e ele conquistou muitos títulos, inclusive Libertadores e Mundial em 2012. Eu sempre digo que o corinthiano tem uma dívida de gratidão com Tite.
Gilson Kleina ganhou a simpatia dos palmeirenses quando sua Ponte Preta eliminou o Corinthians do Paulistão de 2012. Falaram que Kleina fez algo magnífico, mas na verdade tudo o que o treinador fez foi armar uma retranca que só superou o Timão na bola parada. Criar chances de gol com a bola rolando que é bom, nada. Kleina ainda não tem títulos pelo Verdão, mas é questão de tempo para ele conseguir o Brasileirão da Série B.
Os dois treinadores, contudo, apoiam-se no chatíssimo futebol defensivo com volantes e zagueiros demais e gols de menos. O Palmeiras de Kleina, por sinal, não faz jus à grandeza do Verdão, com muitos empates, vitórias magras e suadas apesar da grande maioria dos adversários não chegar nem aos pés do Alviverde. O Corinthians de Tite, da mesma forma, tem uma coleção infindável de empates e chegou a flertar com a zona de rebaixamento há algumas rodadas.
A meu ver, a demora por uma renovação é motivada justamente pela falta de ofensividade e criatividade nas equipes dirigidas pelos dois treinadores. Não adianta nada uma equipe se vangloriar de uma defesa sólida se o time não busca um resultado favorável. E nunca vi nenhum time ser campeão nos pontos corridos somando 38 empates.
Sou contra demissão de treinador. Acho que um técnico tem de receber tempo e respaldo dos dirigentes para que possa desenvolver seu trabalho. Não adianta pressionar com ameaça de demissão que isso nunca ajuda uma equipe a reagir. Os treinadores, contudo, precisam sair de sua zona de conforto e colocar suas equipes mais no ataque. Ou então, 2014 será um ano, no máximo, com vaga na Sulamericana para as duas equipes.
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