sábado, 23 de novembro de 2013

Respeite o Islã, Torcedor Brasileiro!

Imagem extraída do Facebook oficial de
Xherdan Shaqiri- http://www.facebook.com/XS1991

Três nações de maioria muçulmana estarão representadas na Copa do Mundo de 2014: a Argélia, a Bósnia-Hezergovina e o Irã. Este último, por sinal, vê seu investimento no setor esportivo gerar frutos com boas campanhas no futebol (classificou-se diretamente para a Copa nas Eliminatórias Asiáticas) e também no vôlei (o time iraniano foi a melhor seleção asiática do ano e eles estão jogando um voleibol redondinho). Além disso, alguns dos grandes atletas são adeptos do islamismo, como Franck Ribéry, Xherdan Shaqiri (foto), os irmãos Touré, Kevin-Prince Boateng, Mesut Özil, entre outros.

A imprensa brasileira, infelizmente, comete o desfavor de associar o islamismo ao terrorismo, principalmente após os incidentes do dia 11 de setembro de 2001, supostamente atribuídos a grupos radicais do Oriente Médio. Desde então, eu sempre vejo comentários de internautas definindo o islã como ago nocivo às pessoas.

A minha preocupação em relação ao islamismo se deve justamente ao que alguns veículos da imprensa divulgam de forma errada. Imaginem uma partida entre o Irã e o Brasil e alguns torcedores saírem por aí chamando os adversários de "terroristas". Pode até parecer divertido, mas os praticantes do islã certamente não acharão a menor graça. Uma brincadeira deste tipo impediu que uma estudante embarcasse em um voo de uma companhia sediada no Oriente Médio. Pode ter sido um exagero, mas a "brincadeira" do cidadão foi totalmente inapropriada e os muçulmanos que trabalham para a empresa tiveram toda razão ao se sentirem ofendidos.

Oras, o islamismo é uma religião, e a constituição brasileira assegura o direito de professá-la e praticá-la livremente no território nacional. Ninguém, portanto, tem o direito de debochar da religião praticada por um indivíduo aqui no Brasil. E considerar muçulmanos como "terroristas" é desrespeitoso e preconceituoso.

Espero muito que o torcedor brasileiro tenha um pouco de bom senso nos estádios durante a copa. Rivalidade é bom, mas provocação tem limite. Respeitar as diferenças religiosas é obrigação em um Estado que se considera democrático.

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