quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Se É Bayer, É Bom?




Imagem extraída de http://www.facebook.com/bernd.leno.official

É incrível como o futebol alemão está fortalecido. Os dois últimos finalistas da Champions League eram alemães, os atletas do país estão valorizados e vêm sendo disputados à tapa pelas grandes potências do futebol, e a qualidade dos jogos e dos jogadores empolga. E isso também se reflete na Seleção Alemã. Apesar do jejum de títulos, as campanhas da Mannschaft raramente decepcionam (vários vices-campeonatos ou terceiros lugares) e o elenco sempre tem renovação constante sem, contudo, deixar os veteranos como Miroslav Klose de fora.

Uma região da Alemanha em especial vem chamando a minha atenção. A Renânia do Norte-Vestfália (Nordrhein-Westfalen, em alemão) é a sede de grandes times alemães. E três deles estão representando a região na Champions League 2013-14. E quais times são esses? Falo do meu Borussia Dortmund, do Schalke 04 e do Bayer Leverkusen. O Köln/Colônia e o Borussia Mönchengladbach também estão sediados na região.

O Bayer Leverkusen foi fundado em 1904 e pertence à empresa farmacêutica homônima. A equipe, apesar de tradicional, tem poucos títulos no currículo. Nunca venceu uma Bundesliga sequer e o seu melhor desempenho na Champions foi um vice-campeonato em 2001-02, sendo derrotado pelo Real Madrid de Zidane, Figo e Raúl.

A equipe, atualmente dirigida pelo finlandês Sami Hyppiä, sempre foi muito receptiva aos nossos atletas, principalmente nas duas últimas décadas. Entre os jogadores brasileiros que vestiram a camisa do time alemão, estão Lúcio, Juan, Emerson, Paulo Sérgio e Zé Roberto, figurinhas carimbadas de nossa Seleção. Tal fato fez o Bayer ganhar a minha simpatia. Ironicamente, nenhum brasileiro joga pelo Bayer atualmente -o último foi o meia-atacante Renato Augusto, comprado pelo Corinthians no começo deste ano.

O Leverkusen iniciou a Champions League 2013-14 como azarão por ter caído na mesma chave dos milionários Manchester United e Shaktar Donestsk. O time de preto, no entanto, faz uma boa campanha com duas vitórias, um empate, uma derrota e já ocupa a segunda posição em sua chave com dois pontos de vantagem sobre o Shaktar. Nada mal para quem era cotado a, no máximo, uma vaga na Europa League contra a Real Sociedad. Na Bundesliga, o Bayer também não faz feio e está em terceiro com 25 pontos em 11 partidas -está atrás apenas do Bayern München (com 29 pontos) e do meu Borussia Dortmund (28).

As muitas perdas no elenco marcaram o início de temporada no time -as maiores foram o lateral-direito Daniel Carvajal (retornou ao Real Madrid) e o atacante André Shürrle (atualmente no Chelsea). Ainda assim, Sami Hyppiä parece ter colocado a equipe nos eixos novamente mesmo com a saída de atletas tão importantes.


O Bayer no 4-2-3-1 típico de times alemães. A excelente atuação
do goleiro Bernd Leno garantiu o empate contra o Shaktar em
plena Donbass Arena (obtido via this11.com).

A partida de ontem, válida pela Champions, mostrou que o Bayer pode, ao menos, sonhar com uma vaga nas oitavas-de-final. Há bons atletas como o centroavante Stefan Kiessling, o meia Lars Bender e o goleiro Bernd Leno. Este último, por sinal, salvou o Leverkusen contra o Shaktar e seu ataque lotado de brasileiros, como Bernard, Alex Teixeira e Luiz Adriano. No ano passado, o arqueiro já havia operado um verdadeiro milagre na vitória sobre o Bayern München em plena Allianz Arena, em partida válida pela Bundesliga 2012-13. E Leno tem apenas 21 anos. É um goleiro de muito futuro.


Imagem extraída do Facebook oficial do Bayer Leverkusen-
http://www.facebook.com/bayer04fussball

Ainda é muito cedo para se falar em títulos e o Bayer, até o momento, só bateu na trave quando foi em busca dos troféus. Mas, como diz o ditado, "água mole, pedra dura, tanto bate até que fura". Quem sabe um dia a insistência do Leverkusen não acabe "furando" a sina após muito tentar?

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