Fracasso, Sucesso e Incógnita

Imagem extraída de http://www.facebook.com/FlamengoOficial

Parabéns ao Flamengo que conquistou o tricampeonato da Copa do Brasil. E parabéns ao torcedor flamenguista que lotou o Maracanã e empurrou o time contra o Atlético Paranaense. Ainda que não tenha sido tecnicamente brilhante, acho que o Rubro-Negro foi, sim, merecedor do troféu e da vaga para a Libertadores 2014.

Três personagens, a meu ver, foram os protagonistas deste título nacional: Mano Menezes, Jayme de Almeida e Elias.

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Comecemos com Mano. Ele chegou à Gávea na metade deste ano com a missão de dar um rumo ao Flamengo, que havia fracassado no Campeonato Carioca e encontrava-se desnorteado no Brasileirão.

O treinador gaúcho estava sem clube desde o final de 2012, quando foi demitido da Seleção Brasileira. Mano, em dois anos à frente do Escrete Canarinho, não conquistou nenhum título (o Superclássico das Américas não conta, a meu ver), fazia a Seleção jogar como um time pequeno ao convocar alguns atletas tecnicamente fracos quando tinha uma multidão de craques ao seu alcance, e se apegava em demasia aos seus ex-comandados de Grêmio e Corinthians. No Flamengo, cometeu os mesmos erros ao tentar recriar o Corinthians que foi campeão da Série B em 2008, não obteve êxito e pediu boné. O que Mano se esquece é que ele não está mais comandando times na Segunda Divisão, e sim brigando por Brasileirão e Libertadores. Ouso dizer que ele só foi bem-sucedido no Timão em 2009 porque ele contou com quatro atletas que brilharam naquele ano, Ronaldo, André Santos, Douglas e Elias. Isso já faz quatro anos, mas o "professor" não parece ter percebido isso. Nem os dirigentes corinthianos, que trocaram Tite, campeão do mundo, por Mano, que foi criticado ontem por torcedores flamenguistas.

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Jayme de Almeida recebeu a missão de salvar o Flamengo da crise que ameaçava a Gávea após a saída de Mano. Filho do grande Jaime de Almeida, o interino foi efetivado e fez a equipe ganhar o fôlego e o ânimo necessários para a arrancada do título.

Jayme tem uma imensa identificação com o Rubro Negro -tanto ele quanto seu pai são ex-atletas do clube. Sua história como treinador, aliás, é comparada a de Andrade, que também pegou um Fla em crise no ano de 2009 e fez a equipe reagir rumo ao hexa do Brasileirão.

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Elias, por fim, parece ter reencontrado o bom futebol no Flamengo, após algumas temporadas mal-sucedidas na Europa. Gosto do futebol dele e ouso dizer que ele é tecnicamente melhor que Ramires, Luiz Gustavo e Paulinho. Acho que ele tem bola para voltar à Seleção.

Eu, no entanto, fico com um pé atrás com relação a um possível retorno à Seleção do meio-campista, que pode atuar de volante e também de meia. Elias foi convocado com frequência por Mano Menezes entre 2010 e 2012, mas nunca correspondeu às expectativas. Suas passagens pelo Atlético de Madrid e pelo Sporting também foram bastante apagadas.

O título traz um alento à Gávea, mas vamos torcer para que dirigentes, comissão técnica e atletas não deixem a peteca cair no próximo ano.