quinta-feira, 25 de abril de 2013

De Volta à Realidade

Depois de me deleitar com as duas aulas de futebol oferecidas pelo Bayern München e pelo Borussia Dortmund nesta semana, fico desanimado em saber que teremos de voltar nossas atenções para o sofrível e inchado Campeonato Paulista. Pelo menos, agora restaram os times que, na teoria, são bons e ainda é possível buscar alguns lampejos de futebol bem jogado.

O São Paulo tem meias trocadores de passes e com visão de jogo -Ganso, Jadson, Maicon e Cañete- além do Osvaldo que é talentoso, mas o time ainda sofre com a falta de equilíbrio emocional e costuma perder as estribeiras nos momentos mais críticos -vide os casos de Luis Fabiano e Denílson, que vivem tomando cartões desnecessários.

O Santos tem Neymar, Cícero, Montillo, Arouca e Patito. Mas o treinador Muricy Ramalho subestima os meias que possui e deixa o time inteiro recuado para que o atacante tente resolver o jogo sozinho. E eu ainda digo: Neymar joga muito bem no Brasil porque ele é temido apenas no território nacional. Os times lá de fora conseguem anular o Santos porque não têm medo da joia santista.

O Corinthians tem três jogadores bons: Pato, Renato Augusto e Cássio. Com um pouco de boa vontade, o esforçado Paulinho e o peruano Guerrero podem ser considerados bons jogadores. O resto do time é mais de "guerreiros" do que de craques. Não faz o meu estilo. O time tem, ainda, Chicão, que já foi um excelente zagueiro, mas que agora está sentindo o peso da idade.

O Palmeiras só tem dois jogadores que, talvez, eu convocaria para minha seleção: Valdívia -que, se tiver boa vontade, faz a diferença- e Henrique -que é um zagueiro esforçado. Charles, pelos gols, e Leandro, pela regularidade, talvez sejam bons jogadores, mas eu ainda não tenho uma opinião formada sobre a dupla. E o Verdão é um time que joga muito mais no coração do que na técnica, opção de altíssimo risco, levando-se em conta que o emocional dos atletas pode levar os jogadores a perderem a cabeça em campo.

E tem, ainda, a Ponte Preta, que até tem alguns lampejos de jogo coletivo e de trocas de passes, mas ainda é cedo para colocar a Macaca no rol dos melhores times do Brasil.

Enquanto os nossos "professores" continuarem com a mentalidade de que "ataque vende ingresso e defesa ganha campeonato", nós vamos ter de engolir esses campeonatos inchados, cheios de burocracia e de violência. E o abismo entre o nosso futebol e o da Europa vai ficando cada vez maior.

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