domingo, 3 de março de 2013

A Revanche do Bayern

Na última quarta-feira (27/02), tive o prazer de assistir a um dos melhores jogos da minha vida: Bayern München (ou Bayern de Munique, para nós) e Borussia Dortmund.

O Bayern, todos nós conhecemos bem: por muitos anos, foi o melhor time da Alemanha. O Bayern sempre foi o único time alemão capaz de fazer frente aos times mais poderosos da Europa, como o Barcelona, o Real Madrid, o Manchester United e o Milan. Não por acaso, o Bayern é a base da seleção alemã.

O Borussia, por outro lado, começou a reaparecer na mídia após alguns anos afastado das grandes competições europeias. O time aurinegro teve uma geração muito boa no final dos anos 90, comandada por Matthias Sammer, quando faturaram sua única Champions League. De lá pra cá, foram muitos altos e baixos, até surgir esta geração, que tem Götze, Lewandowski, Kuba, Reus, Hummels e outros. Esta geração faturou dois campeonatos alemães consecutivos (2010-11 e 2011-12) e, valendo-se de um futebol leve e cheio de trocas de passes, conseguiu fazer frente até mesmo aos milionários Real Madrid, Manchester City e, claro, ao Bayern de Munique.

A rivalidade entre Bayern e Borussia cresceu muito nos últimos anos. Ambos jogam um belo futebol, mas possuem estilos totalmente diferentes: enquanto o time de Dortmund tem um estilo mais parecido com o do Barcelona, o Bayern tem um estilo mais agressivo, mais vertical, mais explosivo e mais veloz. O confronto daquela quarta-feira era muito esperado. 

Para o confronto, o Bayern tinha o francês Franck Ribéry como maior desfalque, afinal, o meia-atacante esquerdo é o principal articulador de jogadas dos bávaros. O técnico Jupp Heynckes também mudou muito  linha de defesa, colocando Van Buyten e David Alaba, além de desloar o capitão Lahm para a direita. O Borussia, por outro lado, não pôde contar com Mats Hummels. O técnico Jurgen Klopp também barrou Kuba e colocou Grosskreutz.

Com a bola rolando, o Bayern conseguiu dominar o jogo completamente no primeiro tempo: os zagueiros e volantes travaram Reus, Grosskreutz e Götze. Aliás, o "Messi Alemão" teve uma atuação apagadíssima: o narrador pouco citou o nome do camisa 10 aurinegro. Ao mesmo tempo, Lahm e Robben atacaram pelo lado direito do campo e, por lá, criaram as melhores oportunidades do Bayern. O holandês acabou fazendo o único gol da partida, após acertar uma bomba de fora da área. Sem chances para Weidenfeller.

No segundo tempo, Klopp sacou Grosskreutz e colocou Kuba e o Borussia melhorou muito. O polonês criou muito mais oportunidades, deu muito trabalho para Van Buyten e conseguiu acionar Lewandowski muito mais, obrigando Neuer a se desdobrar. O Bayern até atacou, mas ficou visivelmente incomodado com o crescimento do Borussia: passaram a apelar para faltas e encontraram mais dificuldade para manter a posse da bola. Até mesmo o meia Kroos abusou da truculência, algo que não combina com seu estilo.

No final, prevaleceu a força do Bayern sobre os "baixinhos" do Borussia. Não chegou a ser decepcionante, mas a maneira como o Bayern passou a jogar no segundo tempo deixou algumas manchas na vitória, com muitas faltas e pelo fato do time ter recuado demais justamente no momento em que o adversário crescia.

Ao mesmo tempo, não creio que a derrota do Borussia tire seu favoritismo para ir mais longe na Champions e, quem sabe, repetir o feito de 1997, mas esse revés serve de alerta para a equipe aurinegra, afinal, com a exceção do Barcelona, todos os times que ainda estão na Liga dos Campeões são times que tem jogadores muito mais fortes, fisicamente, do que o Borussia. E Schmelzer, o lateral-esquerdo que deveria parar Robben, deve estar de orelha quente até agora pelas falhas.

Agora, é esperar até o dia 5 de março e ver se o Borussia aprendeu alguma coisa com a derrota da semana passada. E também estarei ansioso pelo jogo de volta do Bayern contra o Arsenal, quando -espero!- Ribéry estará de volta para formar o ataque com Robben e Mandzukic.

É o futebol alemão se renovando e evoluindo para um novo nível!

Nenhum comentário:

Postar um comentário