terça-feira, 26 de março de 2013

Colando os Cacos

Depois de duas campanhas vexaminosas na Copa de 2010 e na Euro 2012, ambas devido desentendimentos ente atletas e treinadores, a França pretende limpar seu nome e voltar a disputar títulos. E a geração atual é boa, com muitos bons jogadores, como Cabaye, Ben Arfa, Giroud, Benzema e, principalmente, Ribéry, craque dos Bleus e do Bayern München. Ribéry, aliás, reúne muitas características que o tornam diferenciado: é rápido, forte, dribla, faz passes precisos (pelo chão ou levantando bolas na área), tem boa visão de jogo e faz seus gols.

O técnico Didier Deschamps, que foi volante dos Coqs em 1998, também faz um bom trabalho. Ele continuou fazendo da França um time mais leve e menos dependente da marcação ou das bolas paradas, além de dar prosseguimento à renovação o elenco. Eu temia que Deschamps, que montou um Olympique de Marseille mais "aguerrido" do que técnico, acabasse com o trabalho que Laurent Blanc vinha fazendo e voltasse a priorizar a marcação em detrimento à criatividade. Felizmente, meus instintos falharam.

Ainda assim, Deschamps e seus comandados terão um bocado de trabalho, afinal os torcedores ainda estão esperando que a França volte a repetir o desempenho de 1998 e 2006. Aliás, a sombra da geração de 1998 continua eclipsando a Seleção Francesa. Tanto que Blanc e o próprio Deschamps foram atletas daquela geração.

Também gostaria que um jogador, do qual tenho muita simpatia, voltasse logo a vestir aquela bela camisa azul: Samir Nasri. O jogador do Manchester City foi responsabilizado pelas brigas ocorridas durante a Euro 2012 e ficou impedido de ser convocado pela federação de futebol de seu país. Nasri também entrou em declínio no clube inglês e os tabloides da Terra da Rainha não param de noticiar que o francês deixará os Citizens na próxima janela de transferência. Pena. Eu sou um admirador de seu futebol desde os tempos de Arsenal e continuo lamentando que a personalidade forte do meia-atacante seja um empecilho para o seu talento.

Assistirei ao jogo de hoje contra a Espanha, válido pelas Eliminatórias para a Capa de 2014, com muito entusiasmo, afinal faz tempo que não vejo um confronto entre dois times que ainda jogam um futebol bonito.

Ah, sim. Existem muitos grupos ultranacionalistas na Europa que adoram discriminar negros e imigrantes vindos da África, Oriente Médio, América Latina e Leste Europeu. É bom lembrar às pessoas que pensam dessa maneira que o futebol da França deve muito aos africanos. Da geração atual, Benzema, Ben Arfa, Nasri, Sagna e outros, têm raízes africanas. E Zidane, o maior jogador da história da França (na minha opinião), é filho de argelinos.

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