domingo, 3 de março de 2013

Revitalizando o Barça

Hoje, o Barcelona enfrentou seu segundo revés consecutivo para o arquirrival Real Madrid.

O Barça, como é carinhosamente chamado, virou sinônimo de eficiência tática aliada ao futebol bem jogado.

É por isso mesmo que o Barça tornou-se o adversário a ser batido. E, pelo jeito, os outros times descobriram como.

A tática de fazer duas linhas de quatro jogadores no campo de defesa (o que José Mourinho chama de "ônibus") anulou as principais jogadas do Barcelona, impedindo que os meias blaugranas troquem passes no campo de ataque e, ainda, isolando Lionel Messi dos seus companheiros. No começo, foram Roberto Di Matteo e seu Chelsea ultra-defensivo de 2012 que conseguiram parar a máquina catalã. Neste ano o Real Madrid de Mourinho e o Milan de Allegri utilizaram táticas semelhantes para anular o "tiki-taka" dos catalães.

A mudança de treinadores também contribuiu para que o Barcelona se tornasse mais susceptível às roubadas de bola dos adversários: enquanto Pep Guardiola optava por um jogo mais cadenciado, Tito Villanova e Jordi Roura vêm apostando em um Barça mais vertical, com mais jogadas individuais. Com jogadores mais "fominhas", é fácil perder a bola para os adversários, ainda mais quando seus jogadores são todos baixinhos enquanto os zagueiros e volantes do adversário são armários que facilmente ganham as disputas de bola contra jogadores pequenos.

Ainda é cedo para se falar em uma crise no Barça. No entanto, o interino Roura precisa mexer urgentemente no time, ou o penta da Liga dos Campeões ficará adiado mais uma vez.

O Barcelona se notabilizou pelo futebol coletivo, onde todos trocam passes e todos mantêm a posse da bola, impedindo o adversário de jogar.

A primeira coisa que Roura poderia fazer é dar um passo atrás e retornar ao estilo que caracterizou o Barça durante a era Guardiola: menos jogadas individuais e mais trocas de passes. No jogo contra o Milan, por exemplo, o Barça não trocou tantos passes como deveria. E não foi só por causa do "ônibus" milanês.

Outra sugestão é: se o Barça optar por um estilo mais vertical, será necessário dispensar alguns dos jogadores mais fraquinhos fisicamente e contratar atletas mais fortes, mas igualmente habilidosos. Sugestões?   Ribéry, Robben, Kuba, Eto'o, Falcão Garcia, Sneijder, ... E adotar um estilo semelhante ao do Bayern de Munique, que também se vale da habilidade dos meias, mas é um time mais explosivo, se valendo de jogadas individuais e avanços mais velozes e agressivos em direção à meta.

As cartas estão na mesa, Roura. Agora cabe a você decidir se prefere dar um passo atrás para dar dois adiante, ou se espera até o final da temporada para montar um elenco mais apropriado a sua proposta de jogo.

Boa sorte.

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