Muito Esforço, Pouco Futebol

O clássico entre Santos e Corinthians (ou Corinthians e Santos) está completando 100 anos de existência neste ano de 2013.

Mas quem mandou vocês ficarem felizes? O jogo de ontem teve poucas emoções e muita cautela.

No Santos, como sempre, só o Neymar joga. O técnico Muricy Ramalho (dizem!) foi um grande jogador no passado, mas não demonstra isso ao dirigir um time. Sou muito grato a ele pelos três títulos brasileiros conquistados pelo São Paulo, mas ele contribui muito pouco com o futebol com seu estilo de direção. Muricy ordena que todo o time, exceto o Neymar e o André, ajudem na marcação. O resultado? Nós vemos meias muito bons, como o Arouca, o Cícero e o Montillo terem de voltar pra ajudar o Santos a fechar os buracos da defesa, enquanto o Peixe perde na criatividade e fica na dependência de Neymar que ontem, infelizmente, não fez uma boa partida.

Do lado do Cortinthians, eu vejo evolução por parte do Tite, afinal o time está bem mais ofensivo que no ano passado. Paulinho e Ralf estão subindo um pouco mais para ajudar na criação e o meia Renato Augusto fez uma boa partida ontem. Merecia ter feito um gol (ou uma assistência). Porém, o Corinthians ainda troca poucos passes, fica mais preocupado em marcar do que criar e também obriga que os meias também ajudem na defesa.

Ambos os times têm ótimos elencos, mas têm treinadores pouco ousados e muito conservadores.

Assim como postei ontem sobre o São Paulo, o Santos e o Corinthians poderiam aproveitar que o nível técnico do Paulistão é baixo e tentarem coisas mais ousadas, como sacar um volante e colocar mais um meia ou mais um atacante, mas acho que os "professores" ainda têm medo de perderem seu empregos no caso de uma eventual derrota contra um time pequeno.

Cícero, Neymar, Arouca, Montillo, Renato Augusto e Pato são ótimos jogadores. Miralles, Paulinho e Patito Rodríguez são esforçados e, se forem bem utilizados, poderão ajudar o time a manter a posse da bola e ajudar na criação de oportunidades.

Não tomar gols é importante. Mas muito mais importante é sair da zona de conforto (o empate) e ir buscar aquilo que fará diferença entre o seu time e o time adversário: a vitória.