Eu sempre gostei de ler artigos sobre futebol: análises sobre tática, comentários sobre jogos, críticas, ... Mas um articulista em especial sempre teve minha predileção, por suas opiniões em defesa do futebol-arte e tolerância zero contra os brucutus. Sim, estou falando de Paulo Cézar Lima, mais conhecido pela alcunha de "Caju".
Caju é um ex-jogador que atuou por muitos clubes, como o Botafogo, o Grêmio e o Olympique de Marseille. Também esteve presente na melhor Seleção de todos os tempos, a da Copa do Mundo de 1970, que contava com Pelé, Tostão, Rivelino e outros craques.
Conheci a coluna do Caju através do extinto Jornal da Tarde. No começo, não apreciava seus comentários já que ele criticava abertamente o meu São Paulo, mas graças a ele, fui vendo como a qualidade do futebol brasileiro foi se deteriorando: sumiam os craques e entravam em cena os zagueiros e volantes botinudos. E fazer faltas ou dar carrinho passou a ser algo absolutamente normal. Realmente, alguma coisa precisava ser feita no futebol de nosso país.
Infelizmente, o Jornal da Tarde acabou no ano passado e junto com ele se foi a coluna do Caju.
Acabei ficando órfão da minha principal inspiração em defesa do futebol bem jogado, daquele que encanta nossos olhos com dribles, com meias técnicos, pontas habilidosos e defensores que não se limitam a jogar sem a bola.
Nem preciso dizer que o fim de sua coluna semanal de terça-feira foi a principal motivação para eu abrir este blog, preciso?
Ainda assim, gostaria muito que ele voltasse a escrever, afinal os futebolistas dos dias de hoje precisam ouvir os craques do passado. Precisamos resgatar as nossas origens. Estamos cuspindo no prato em que comemos com esses técnicos retranqueiros que enchem o campo de volantes e zagueiros e que estão mais preocupados em não perder do que buscar a vitória.
Por isso, eu peço: VOLTA CAJU!
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