quarta-feira, 20 de março de 2013

Como eu Montaria o meu Time

Já que os "professores" não têm ousadia pra colocar os times no ataque, eu proponho maneiras de tirar os times da mesmice e resgatar o nosso futebol como deve ser: equipes que priorizem a criatividade, o ataque e a posse de bola. Nada de chutão, carrinho ou marcação. O negócio comigo seria colocar o time pra tomar a iniciativa e controlar o jogo o tempo todo.

Se olharmos como o Barcelona e o Borussia Dortmund atuam, nós vemos que os times não fazem nada de muito complexo, apenas ficam trocando passes o tempo todo e, com isso, mantêm a posse da bola e não deixam o pobre do adversário jogar. E estes times sempre têm feito boas campanhas nos últimos anos.

Aqui vão algumas maneiras como eu montaria meu time, baseando-me no sucesso que tiveram estes dois times.

1- FORMAÇÃO: eu distribuiria os jogadores pelo campo, de modo que não houvesse um único espaço sequer sem um homem de meu time -inclusive no campo de ataque. O objetivo é manter um jogador sempre próximo um do outro para facilitar a troca de passes e também permitir as "triangulações", para que haja sempre mais de uma opção de passe caso algum jogador estivesse muito marcado. Utilizaria os esquemas 2-3-2-3, 3-2-3-2, 3-1-3-3 ou 3-3-1-3.

2- MODUS OPERANDI DO TIME: meu time não precisaria ter pressa para fazer um gol. Bastaria ficar com a bola trocando passes. Enquanto a bola for minha, nenhum adversário pode fazer nada contra mim. Os jogadores também não precisam correr muito com a bola, o que diminuiria os riscos do atleta se cansar (ainda mais em jogos na altitude). Porém há uma única situação que eu gostaria de fazer um gol o quanto antes...

3- LIDANDO COM O ADVERSÁRIO: óbvio que meu adversário não vai ficar lá parado esperando que eu faça o gol, ele vai tentar tomar a bola de mim de alguma forma. Um esquema, quando é usado demais, acaba ficando manjado, ainda mais se o meu time estiver fazendo uma temporada boa. Mas tenho umas contra-medidas para surpreender os rivais...

3-A- Adversários Entrincheirados: esse tipo de adversário recua todo o time, tenta roubar a bola no campo de defesa e fazer um contra-ataque em velocidade (geralmente pelos flancos), enquanto meu time está, teoricamente, exposto. Contra esse tipo de adversário, o Jordi Roura (que, quem diria, critiquei pesadamente há três semanas atrás) me deu a fórmula: adiantar a marcação e pressionar o oponente no campo de ataque. Se o oponente tentasse se entrincheirar próximo à meta, como o Chelsea fez no ano passado, aumentaria a pressão e tentaria tomar a bola no campo de ataque, com 3-3-4, 4-2-4 ou 2-4-4.

3-B- Marcação Individual: esse é o meu adversário preferido. Ele ficaria correndo atrás da bola o tempo todo e, uma hora, ficaria cansado e/ou nervoso, enquanto meu time fica só trocando passes e fazendo "bobinho" com o pobre adversário.

3-C- Adversário Ofensivo: enquanto a bola for minha, esse adversário é totalmente inofensivo. A menos, que ele descubra um jeito de fazer um gol sem a bola...

3-D- Jogo na Casa do Adversário: um time sempre leva vantagem quando joga junto de sua torcida, mas há um jeito muito eficaz de virar a mesa ao meu favor: fazer um gol o quanto antes, de preferência nos primeiros minutos. Isso deixa o adversário abalado psicologicamente, desesperado para não dar vexame diante de seu torcedor e o torna uma presa fácil. Alguns ficarão tão nervosos que passarão a apelar para as faltas e serão expulsos. E o gol na casa do adversário também atinge a torcida que ficará num silêncio fúnebre ou, em casos mais extremos, se voltará contra o próprio time.

E se um oponente resolver tentar trocar passes contra mim? Bom, aqui o blogueiro não tem a resposta. Por enquanto! Pelo que eu pude ver em jogos onde tivemos treinadores com essa filosofia se enfrentando (São Paulo X Barcelona, em 1992 e Barcelona X Atlethic Bilbao, 2012), posso dizer que esse tipo de jogo se vence nos detalhes. Aquele que tiver o time melhor preparado e vivendo o melhor momento, vence. Estou esperando ansiosamente que o Barça e o Borussia Dortmund se encontrem na Champions League para que eu possa responder a essa pergunta com precisão!

4- FLEXIBILIDADE: essa um amigo meu me falou. O mais importante de ser um técnico, não é ter um esquema tático pronto para os jogadores, mas sim adaptar seu esquema tático para tirar melhor proveito das características dos atletas que eu tenho à disposição.

Como eu disse em outro post, nunca joguei bola na minha vida, mas tenho certeza que o que eu postei aqui ainda seria de grande valia, principalmente para os "professores" daqui que só pensam em marcação e em bola parada.

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