segunda-feira, 18 de março de 2013

Xavi e Iniesta Seriam Recusados no Brasil

Qual o perfil de meio-campista que os "professores" adoram? Eles gostam de meias rápidos, capazes de carregar a bola do campo de defesa até a área adversária em jogadas individuais e que tenham fôlego para voltarem para marcar. Ah! Se eles forem fortes, grandes e bons batedores de bola parada, melhor.

Quanta gente pega no pé do Jadson, Ganso ou Douglas (do Corinthians) pelo fato deles não terem a velocidade e nem a força como ponto forte? Mas se tirarmos os "sonolentos" do campo, pode ter certeza que os atacantes do seu time vão reclamar muito porque as bolas não chegam até a área ou porque eles têm de voltar até atrás da linha da intermediária para virem buscar a bola. Liédson e Barcos chegaram a reclamar publicamente disso no ano passado.

Por outro lado, caras como Tcheco e Marcos Assunção SEMPRE têm mercado. Não é que o Mano Menezes (após dois anos de frustradas tentativas) fez o Timão pagar uma nota preta pra tirar o truculento Tcheco do Grêmio em 2010? E o Marcos Assunção que não ficou nem uma semana desempregado, apesar dele ser um jogador que vive machucado e que já está em franca decadência?

E é por isso que eu acho que dois dos melhores jogadores do mundo não teriam espaço aqui no Brasil se eles fossem dois desconhecidos. Sim, Xavi e Iniesta iriam dar com o nariz na porta com nossos "professores".

Xavi e Iniesta até fazem jogadas individuais, mas sair correndo com a bola dominada não é a deles. Os dois também são baixinhos, não são muito fortes, não marcam tanto e nem são bons nas cobranças de falta. Talvez, o Xavi tivesse um pouco mais de mercado aqui no Brasil, já que ele também joga de volante, mas ele seria preterido em relação a caras como Ralf e Denílson.

Só acho estranho quando esses dois baixinhos conseguem colocar os grandões da Itália e da Holanda na roda. Por que a Azzurra e a Oranje, que têm jogadores muito maiores e mais fortes, não viram a cor da bola quando disputaram as finais contra a Furia em 2012 e 2010, respectivamente, hein? Será que os "professores" daqui vão dizer que a arbitragem favorece a Espanha? Vão dizer que "treinar um time aqui no Brasil é diferente"?

Enquanto nossos "professores" só avaliarem os jogadores pelo desempenho físico e pelas bolas paradas, pode ter certeza que nosso futebol vai continuar caminhando cada vez mais para o abismo. E os "baixinhos" da Espanha vão continuar dando espetáculos em campo.

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