domingo, 3 de março de 2013

"Barcelona Brasileiro"? Ainda tá Longe...

O São Paulo vem tentando, a duras penas, imitar o modelo do Barcelona: maior investimento nas categorias de base, valorização da posse de bola e mais trocas de passes.

É uma pena, no entanto, que o técnico Ney Franco e os seus comandados se esqueçam de que há muito mais do que troca de passes no jogo do Barcelona: no Barça, todos os jogadores trocam passes (não só os meias), todos os jogadores se posicionam no campo de modo a um poder ajudar o outro e o time sempre fica com a bola e continua criando oportunidades mesmo que esteja ganhando.

O São Paulo, por outro lado, ainda não consegue sequer emular o estilo de jogo do Barça: no jogo de hoje, o tricolor foi a campo com os reservas, marcou um gol e depois recuou todo o time, permitindo que o crescimento Penapolense, que foi valente e pressionou o time da capital, mas não teve competência para virar a partida. E o São Paulo não valorizou a posse da bola e deixou o adversário jogar. Será que o Ney Franco não sabe que quando um time mantem a posse da bola, o adversário não consegue jogar, tampouco fazer gols?

Os quatro grandes times de São Paulo -São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos- também abusam demais da cautela ao enfrentarem times pequenos. Com todo respeito ao Linense, ao Botafogo de Ribeirão e outros, esses times não chegam aos pés dos quatro maiores e, mesmo assim, Ney Franco, Tite, Gilson Kleina e Muricy resolvem jogar fechadinho contra esses times, como se estivessem enfrentando o Manchester United... Pô! Dá um tempo! Respeitar o adversário e jogar sem fazer faltas ou se usar de métodos escusos para ganhar! Driblar, atacar, trocar passes e fazer gol no adversário não é desrespeito, é a obrigação de cada time!

Se o São Paulo quer mesmo seguir o modelo do Barcelona, aconselho que o sr. Ney Franco e todos os jogadores assistam a alguns vídeos do Braça (ou da Seleção Espanhola) e aprendam um pouco mais sobre fundamento, posicionamento e jogo coletivo.

Ou então, estaremos condenados a ter que contratar mais técnicos retranqueiros e jogar só pelo resultado. E opções não faltam: Celso Roth, Carpegiani, Mano Menezes, ... Esqueci alguém?

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