Em Nome da Arte

Imagem extraída de https://www.facebook.com/santosfc

Fiquei muito satisfeito com o Santos e seu futebol ofensivo se classificando, enquanto o Palmeiras e o seu futebol burocrático me decepcionaram.

O Peixe vai às finais merecidamente por não renunciar ao ataque e ao talento mesmo encontrando um adversário totalmente fechado como o Penapolense. Narciso bem que tentou repetir a tática que deu certo contra o meu São Paulo na quarta, mas o time praiano tem mais talentos individuais que souberam improvisar diante de um rival com uma proposta de jogo defensiva. Dá muito gosto de ver o peixe jogar.

Talento e técnica foi o que faltaram ao Palmeiras e seu futebol pragmático. Passes errados, muitas faltas, ausência de criatividade, finalizações mal feitas, ... O futebol apresentado pelo Verdão foi um insulto aos torcedores que enfrentaram um domingo chuvoso apenas para ver seu time do coração. Para completar, o Kleina deixou seu único craque, Valdívia, de fora: quando o chileno entrou, o time melhorou muito e ele empolgou a torcida. Isso acontece porque o meia é um artista. Para dizer que o Palestra não foi só falhas, o time deu azar de perder Prass e Kadec por lesão ao final do primeiro tempo.

Aos modestos Penapolense e Ituano, mérito aos treinadores, os ex-jogadores Narciso e Doriva respectivamente, que souberam utilizar suas experiências em campo para fazerem seus limitados elencos jogarem um pouco de bola. Sempre digo que a experiência em campo conta muito na hora de dirigir um time e o desempenho da dupla dá sustentabilidade a tal argumento. Espero que os dirigentes dos dois clubes não se deixem empolgar pelo bom momento, afinal quase todo time pequeno que faz sucesso se desfaz de todo o seu elenco, acha que está tudo certo e acaba voltando ao inferno na temporada seguinte. É preciso manter os pés no chão se os cartolas desejam que seus times tenham uma vida longa.

Sobre às finais, admiro os esforços do Ituano, do treinador Doriva e do cartola Juninho Paulista, mas minha torcida será pelo bom futebol, que é representado pelo Santos e sua fábrica de talentos.