Imagem extraída de https://www.facebook.com/santosfc |
Quando algum time joga um bom futebol, você até deixa o clubismo de lado e passa a fazer elogios, mesmo sendo um grande rival.
Dá gosto ver o Santos jogar. Fico até surpreso em ver o Peixe tão bem em 2014, seis meses após o baque da perda de Neymar. Para quem acompanhou a saída de Robinho em 2005, se lembra que o Peixe levou cinco anos (quando Neymar e Ganso brilharam) para voltar aos seus dias de glória.
O clube praiano acertou em cheio ao manter Cícero na equipe. O meio-campista sabe jogar bola, tem qualidade no passe e pode atuar na armação ou na marcação. Também temos de exaltar a fantástica fábrica de talentos que é o time do litoral paulista, representada por Gabriel e Geuvânio.
O jogo ontem contra a Ponte Preta foi muito agradável, com direito a goleada em cima do pragmático time campineiro. Quem assiste ao Peixe jogar, aliás, compreende a diferença entre técnica e talento. Técnica é o que se aprende na escola e talento é algo que já nasce com a pessoa, o que diz respeito aos meninos formados no Peixe.
Espero, contudo, que a boa fase do Santos não faça os meninos se perderem. Cabe aos dirigentes impedir que suas novas joias se percam no oba-oba e acabem caindo nas armadilhas da fama que vitimaram muitas de nossas revelações. É preciso manter a humildade e os pés no chão para que o Peixe não tropece nos próprios pés.
Com a eliminação do São Paulo, estou na torcida para que o Santos seja campeão paulista em 2014. Seria um grande desfavor ao futebol-arte ver o pragmático Palmeiras do senhor Gilson Kleina levantando o troféu deste ano. Naquele time, só exalto o Valdívia, o Mendieta e, com boa vontade, o Alan Kardec e o Bruno César, que é esforçado e cria oportunidades de gol.
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