domingo, 30 de março de 2014

Tamanho Não É Documento

Imagem extraída de https://www.facebook.com/SadaCruzeiro

Quando eu comecei a acompanhar o vôlei com regularidade, eu acreditava que apenas atletas altos tinham vez na modalidade. E falo de jogadores e jogadoras com mais de 1,90m de altura, capazes de alcançar quase três metros quando sobem à rede. Por que, então, o vôlei daria oportunidades a atletas baixinhos?

Eu admito que ser alto é uma vantagem na prática de um esporte. No vôlei o jogador ganha vantagens na rede, tanto no ataque quanto no bloqueio. No basquete fica muito mais fácil efetuar uma enterrada. No futebol você leva vantagem no jogo aéreo e no cabeceio. E há ainda vantagens no tênis, atletismo, lutas, ...

O levantador Willian Arjona (foto) tem 1,85m de altura. Ele não é exatamente baixinho, mas sua estatura é considerada pequena para os padrões do vôlei. O atleta que é conhecido como El Mago pelos fãs argentinos, no entanto, sabe muito bem como utilizar seu tamanho em favor do seu time. A baixa estatura do atleta o favorece na recepção de bolas além de facilitar o levantamento após receber a bola do líbero. Sua maestria e precisão na elaboração de jogadas justificam o apelido de um jogador "baixinho" que faz magia em um "esporte de homens altos". William é o capitão do SADA/Cruzeiro e teve passagens pela Seleção Brasileira. Dois merecidos reconhecimentos para o imenso talento do "baixinho".


Imagem extraída de https://www.facebook.com/unilevervolei


E o que dizer de nossas líberos, Fabizinha (do Unilever) e Camila Brait (do Molico Nestlé)? Fabiana de Oliveira (foto) com 1,69m e 34 anos de idade é considerada a melhor líbero do Brasil. Es sua titularidade na Seleção Feminina de vôlei está muito longe de ser ameaçada tamanho o seu talento e agilidade na recepção daquelas bolas rasteiras que as altonas dificilmente alcançam. Pois é, a "baixinha" Fabi é indispensável em nosso vôlei.


Imagem extraída de https://www.facebook.com/pages/Camila-Brait/307655465920618


Camila Brait, uma das candidatas à sucessão de Fabizinha na Seleção, tem apenas 1,70m, mas impressiona nos reflexos e na precisão. Seu tamanho lhe confere a agilidade necessária para efetuar boas recepções, além de favorecer a jogadora nas bolas rasantes no fundo de quadra. Camila faz uma boa temporada no Molico Nestlé e vem se destacando pelos verdadeiros milagres na recepção, com reflexos dignos de um goleiro.

Gosto de destacar a atuação dos atletas "baixinhos", afinal estamos em uma era em que o preparo físico e a estatura são muito mais valorizados que o talento e a técnica. Nem todo jogador pode correr muito rápido, ficar forte ou alto para atingir os requisitos desejados por alguns de nossos "professores". Por outro lado, nem todo grandão tem o talento necessário para compreender que o esporte não se resolve apenas pela força e pela estatura.

Que o digam os "baixinhos" William, Fabizinha e Camila Brait.

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