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| Imagem extraída do Facebook oficial da Juventus- https://www.facebook.com/Juventus |
Até hoje não entendi como o Milan deixou um atleta do quilate de Andrea Pirlo (foto) ir embora de graça para a rival Juventus. O volante já estava com 32 anos na época, é verdade, mas ainda demonstrava qualidade no passe e na articulação das jogadas. E continua demonstrando, como podemos ver nas partidas da Juve e também da Seleção Italiana.
O fato é que depois que Pirlo deixou o clube rossonero em 2011, o Milan nunca mais ganhou um título. Conquistou a Serie A e a Supercoppa Italiana naquele ano, mas parou ali. O time milanês está há duas temporadas sem levantar um único troféu. Na temporada 2013-14 vem patinando no Campeonato Italiano na modesta décima colocação, foi eliminado nas quartas-de-final da Coppa Italia pela mediana Udinese e conseguiu perder o jogo de ida nas oitavas-de-final da Champions League para o Atlético de Madrid em pleno San Siro. A cabeça do treinador Massimiliano Allegri já rolou no começo deste ano em decorrência da crise e Seedorf foi chamado às pressas (após meses de especulação) para tentar pôr ordem na casa.
A Juventus, enquanto isso, recuperou o ânimo que havia perdido desde o rebaixamento para a Serie B em 2006, após as denúncias de manipulação de resultados. A Zebra conquistou dois Campeonatos Italianos seguidos (2011-12 e 2012-13) e vem caminhando a passos largos rumo ao terceiro título consecutivo.
Não sei dizer o quanto Pirlo contribuiu com a ascensão da Juve a partir de 2011-12 e com a queda de rendimento do Milan no mesmo período, mas é fato que o clube milanês cometeu uma grande injustiça ao dispensar um volante com o currículo e qualidade técnica de Andrea.
Outros fatores também contribuíram com a ascensão juventina e queda milanesa, como o fato da Juventus jogar um futebol com mais qualidade e toque de bola, enquanto o Milan se vale muito mais da força física e raça do que técnica. O meio-de-campo da Vecchia Signora também é muito mais criativo, contando com três volantes (Pirlo, Vidal e Pogba) que sabem jogar com a bola no chão e que não se limitam apenas à marcação. O reflexo da superioridade do time de Turim sobre o de Milão se reflete na Seleção Italiana, onde a Juve é a base da Azzurra. Bonucci, Barzagli, Marchisio, Chiellini, Buffon e, claro, Pirlo são presenças constantes na lista do treinador Cesare Prandelli.
O Milan deu um verdadeiro presente para a Juventus quando permitiu que Pirlo viesse de graça para Turim. Azar deles.
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