segunda-feira, 26 de maio de 2014

Foi Muito Para Eles?

Imagem extraída do Facebook oficial do Barcelona- https://www.facebook.com/fcbarcelona

Durou apenas uma temporada o "sonho" de Gerardo Martino (foto) e de David Moyes a frente de Barcelona e Manchester United, respectivamente. A temporada mal acabou para os dois clubes e ambos já estavam anunciando Luis Enrique e Louis Van Gaal, respectivamente.

Comandar o Barcelona e o Manchester é um grande sonho para muitos treinadores. Quem não quer liderar aqueles elencos cheios de craques e ainda contar com receitas suficientes para trazer (e manter) praticamente qualquer jogador que o técnico bem desejar?

Estar à frente desses grandes times é um grande sonho, mas também é uma responsabilidade muito grande. Tanto o Barça quanto o United são clubes onde é praticamente obrigação ter pelo menos um grande título por temporada.

Martino e Moyes, ainda ontem, estavam no Newell's Old Boys e Everton, respectivamente. Os dois se viram repentinamente à frente de dois dos maiores clubes do mundo, com todo respeito ao Newell's e aos Tofees. Mas quando estiveram no "emprego dos sonhos" de muitos treinadores, não conseguiram lidar com a imensa responsabilidade de manter os times na ponta. Não conseguiram usar todos os recursos que tinham à mão, como a autoridade de comandar alguns dos melhores atletas do mundo ou de contratar a quem quisessem. Moyes, além de tudo, não conseguiu sequer levar os Red Devils à Champions League 2014-15.

Os fracassos de Martino e Moyes podem ser comparados a uma simples promoção de um funcionário: o recém-promovido fica fascinado com os acréscimos salariais e os direitos que possui, mas esquece-se de que uma ascensão significa que o trabalhador terá mais cobranças e responsabilidades a lidar. Quando se conscientiza, se vê diante de um mar de obrigações e compreende o porquê de tamanha remuneração para tais cargos: mais dinheiro e poder demandam maiores responsabilidades.

Martino e Moyes, portanto, podem tirar grandes aprendizados de seus insucessos. Eles são treinadores jovens (ambos têm 51 anos) e terão um longo caminho a percorrerem.

Quem sabe o destino não seja generoso com os dois no futuro e os grandes clubes lhes abram as portas novamente, mas desta vez com os treinadores mais experientes e mais maduros diante de tamanha responsabilidade.

O mundo dá voltas.

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