domingo, 25 de maio de 2014

O Placar Mente

Imagem extraída do Facebook oficial do Real Madrid- https://www.facebook.com/RealMadrid

Quem viu a goleada por 4x1 do Real sobre o Atlético deve ter achado que o time merengue deu um show em campo e que a equipe de Casillas sobrou na partida. Mas a final da Champions League 2013-14 foi muito aquém do esperado em termos de futebol.

Foi uma partida emocionante pela maneira como o roteiro se desenrolou. O Atlético ficou na frente durante boa parte do jogo, com o zagueiro Diego Godín abrindo de cabeça em um lance de bola parada e aproveitando o vacilo de Iker Casillas ao final do primeiro tempo. No último minuto do segundo tempo, o também zagueiro Sergio Ramos empatou também de cabeça sem chances para Thibault Courtois, levando a partida à prorrogação.

Os noventa minutos iniciais, contudo, não tiveram quase nada de futebol, talento ou técnica. O Atlético mostrou entrega em campo, achou o gol de Godín e depois ficou se fechando atrás e cometendo uma infinidade de faltas. Estava esperando pelo momento em que algum atleta colchonero sairia expulso de campo... E Diego Costa deu um tremendo azar ao se lesionar logo no começo da partida e obrigando Simeone a queimar uma substituição.

O Real, então, aceitou a marcação adversária durante todo o tempo normal. Não entendi a troca de Pepe (que é faltoso, mas veio de uma boa temporada) por Varane, e nem a escolha de Khedira (que acabou de voltar de lesão) para o lugar de Xabi Alonso (suspenso). Por que não começar com Isco, que é mais ofensivo e fez boas partidas ao longo da temporada? Tanto que o Real melhorou muito com as entradas de Marcelo e do próprio Isco no lugar do apagado Khedira. Para completar, Benzema e Ronaldo, que deveriam ser os protagonistas, sumiram na marcação rojiblanca.


Atlético recuado e Real com dificuldades para encontrar espaço
entre as duas linhas de quatro. Em certo momento, os Colchoneros
tinham apenas David Villa à frente da intermediária
(imagem obtida via this11.com).


O jogo só melhorou no tempo extra, quando o Atlético precisou buscar jogo, mas abriu espaço para Bale e Di María (os dois melhores em campo, em minha opinião) criarem chances de gol. Foi só na prorrogação que o Real jogou o que não havia jogado nos 90 minutos iniciais. Marcelo, que deixou o seu, também foi bem.


No final, o Atlético passou de "recuado" para "acuado".
Ao sofrer o gol de empate, o time Colchonero foi obrigado a buscar
jogo e ofereceu espaços para Bale, Di María e Marcelo jogarem
(imagem obtida via this11.com).

Parabenizo os dois times, o Real pelo título e o Atlético pela campanha heroica, mas com muitas ressalvas. Eu, honestamente, esperava mais futebol das duas equipes. Muito mais.

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