quinta-feira, 15 de maio de 2014

O Cruzeiro Caiu e o Futebol Lamentou

Imagem extraída de https://www.facebook.com/SanLorenzo

Querido leitor e leitora, gostaria de convidá-los hoje para uma breve reflexão a respeito da partida entre Cruzeiro e San Lorenzo, independente se você gosta ou não da Raposa.

Eu aplaudiria a classificação do San Lorenzo sem nenhum problema. Um time que era lanterna de seu grupo e que estava destinado a cair ainda na primeira fase, mas que deu uma arrancada espetacular, eliminou o Botafogo no confronto direto pela classificação e depois encontrou forças para segurar o Grêmio em plena Arena do Grêmio. Foi uma campanha heroica.

O empate do San Lorenzo e consequente eliminação do Cruzeiro, contudo, foi uma grande derrota para o futebol-arte e também um grande insulto para aqueles que realmente gostam de jogo de bola.

O time argentino achou um gol logo no começo do primeiro tempo e passou a segurar o resultado desde então.

O San Lorenzo não apenas abriu mão de atacar, como também abdicou de jogar futebol. Apelou para o anti-jogo. Fez faltas, cera, catimba. Um jogador do CASLA foi expulso após agredir um cruzeirense. Foi uma demonstração de como não se deve jogar futebol.

O Cruzeiro, por outro lado, não deixou de atacar, criar chances de gol e trocar passes. Era uma das poucas equipes da América do Sul que ainda tinham interessem em jogar bola.

A eliminação do Cruzeiro para o San Lorenzo não representou apenas uma derrota para o futebol brasileiro, mas também para o futebol artístico, agradável e bonito. Cada vez mais os times estão preocupados com o resultado final e menos com os métodos ou com a qualidade se seu futebol.

Foi um final de Libertadores melancólico para o excelente trabalho do treinador Marcelo Oliveira, que formou o time em 2013 e resgatou o futebol coletivo, com toque de bola, mobilidade e troca de posições.

Ontem o Cruzeiro despediu-se da Libertadores 2014. E o futebol chorou por esta eliminação.

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