O sucesso leva à superexposição que, por sua vez, acaba saturando a imagem junto ao público. Realmente, a aparição repetida e exagerada nos veículos de comunicação acaba cansando, mas não justifica odiar uma pessoa por isso. Se for para odiar, que dirijam o veneno para o canal que superexplora a imagem do bem-sucedido, afinal é a mídia a principal culpada para isso.
O santista Neymar, por exemplo, tem milhares de detratores, dentro e fora de campo. Admito que Neymar, por vezes, exagerou nas brincadeiras e nas atitudes além de receber constante atenção da mídia, mas não justifica postar comentários maldosos e ofensivos ao jogador a cada matéria publicada nos sites de esportes.
Pior ainda são os atletas violentos que se utilizam da truculência e da intimidação contra o atleta com o pretexto de que Neymar foi "desrespeitoso" simplesmente porque saiu driblando todo mundo. Esses brucutus deveriam conhecer o Garrincha ou o Didi para sentirem o que é ser humilhado em campo. Reclamar que tomou um drible é assinar atestado de incompetência.
Pode ter a certeza de que 70% das pessoas que odeiam o Neymar são pessoas que dariam de tudo para estar no lugar dele, desfrutar de seu dinheiro, de sua fama, de seu talento e de tudo o que ele conquistou graças ao futebol. Infelizmente, a mente fechada dos recalcados os impede de buscar a própria felicidade para se concentrar no ódio e na inveja ao atleta. E isso vale para os brucutus que tanto reclamam do santista: eles não se empenham em melhorar a qualidade do próprio futebol e direcionam o seu recalque contra o camisa 11, como se isso fosse fazer deles jogadores melhores.
A inveja deveria servir de incentivo para que nos igualemos, ou mesmo superemos, a quem invejamos, e não para levarmos à destruição deste. É uma pena que sejam poucos que tenha consciência de que denegrir a quem faz sucesso só denigre a nós mesmos.
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