quinta-feira, 9 de maio de 2013

Não Vence e Não Convence

Há duas maneiras de um time entrar para a história do futebol.

A primeira é vencer, conseguindo grandes títulos. Como a maioria dos "professores" só pensa no resultado final, os treinadores armam equipes defensivas e ficam jogando pelo regulamento. Óbvio que eu não compactuo com esse tipo de atitude, mas as regras do jogo permitem esse tipo de conduta. Exemplos? O Chelsea na temporada 2011-12 e o Corinthians do Tite.

A outra é convencer em campo, apresentando um futebol magnífico, com jogo coletivo, passes, dribles e muita criação de oportunidades. Essas equipes nem sempre conseguem os troféus mas sempre enchem os olhos de um torcedor e fascinam os admiradores do futebol-arte. Dois exemplos clássicos são a Holanda de 1974 e o Brasil de 1982, dirigidas pelos saudosos Rinus Michels e Mestre Telê Santana, respectivamente.

Melhor ainda são os times que conseguem unir beleza técnica e eficiência em um só time. Assim são a Espanha de 2010, o Barcelona de 2009 e 2011, o Bayern München e o Borussia Dortmund de agora. Todas equipes que jogam um belo futebol coletivo e, ainda por cima, abocanharam muitos títulos.

O nosso querido "professor", Luiz Felipe Scolari, está no comando da Seleção Brasileira desde o final do ano passado. Ele teve pouco tempo para montar uma equipe, é verdade, mas é inacreditável que ele não preencha nenhum dos dois requisitos para que o seu trabalho atual fique na memória de um torcedor.

O time que o Felipão escala joga um futebol extremamente burocrático -se é que joga- apesar de contar com muitos bons atletas, como Neymar, Oscar e Daniel Alves. E ele não consegue vencer nem adotando a filosofia do "futebol eficiente" e jogar pelo resultado.

Muitos articulistas declararam que o Felipão foi um treinador que parou no tempo e que ele vive até hoje da Libertadores de 1999 -que ele conquistou pelo Palmeiras- e da Copa de 2002 -que ele conquistou pela Seleção. Faz sentido, afinal ele tem a sua disposição alguns dos melhores jogadores do mundo e até hoje ele sequer deu padrão de jogo à sua equipe. Ainda tomamos sufoco do "time B" do Chile (com um jogador a menos) e perdemos para a burocrática Inglaterra, que há décadas não levanta um troféu e ainda, por cima, está abaixo da Seleção de Montenegro.

Pior ainda é se pensarmos na história recente do treinador gaúcho. Felipão esteve à frente do Palmeiras por dois anos, não conseguiu montar uma equipe competitiva e sequer deu padrão de jogo à equipe. Mesmo com o título da Copa do Brasil de 2012, Scolari foi considerado culpado pelo rebaixamento do Verdão pelos próprios torcedores. E ele foi escolhido como treinador da Seleção mesmo assim. Quer dizer, o cara rebaixa uma equipe e é recompensado?

Ainda resta algum tempo para a Copa das Confederações, mas não tenho muita expectativa sobre a Seleção do Felipão, que é um time que não vence e nem convence.

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