quarta-feira, 8 de maio de 2013

Quatro Times que Marcaram Minha Infância

Não vi o Pelé jogar e quando eu vi Zico e Maradona jogarem, eles já estavam em final de carreira.

Ainda assim, pude ver quatro times muito interessantes que marcaram a minha infância e adolescência. E todos eles foram merecidamente campeões. Claro que nem todos os jogadores que eu estou citando aqui eram craques, mas todos eles deixaram suas marcas pelos clubes e me ensinaram a apreciar o futebol.

1- SÃO PAULO (1991-1993): a era de ouro do Tricolor teve o saudoso Mestre Telê Santana no comando e Raí como o principal jogador. Raí não era tão brilhante como seu irmão mais velho, o saudoso Doutor Sócrates, mas tinha luz própria e mostrou isso durante o período mais glorioso do Soberano, com belas jogadas, visão de jogo, inteligência e muitos gols. Considero Raí o melhor e o maior jogador de todos os tempos do Morumbi. E o time tinha o DNA do Mestre, com lances bonitos e jogo coletivo. Nem mesmo a geração de 2005 -que ganhou a Libertadores daquele ano- esteve à altura deste timaço. Outros grandes destaques dessa geração foram Leonardo, Zetti, Cafú, Müller, Palhinha e Ronaldão. Vale lembrar que muitos destes atletas estiveram presentes na conquista do tetra em 1994.

2- PALMEIRAS (1993-1996): muita gente vai dizer que o melhor Palmeiras de todos os tempos é aquele com Arce, Alex Cabeção, Paulo Nunes e Júnior. Eu ainda prefiro aquele com Zinho, Mazinho, Cléber, Velloso, Rivaldo, Roberto Carlos, Evair e Edmundo. Aliás, o Animal era o principal jogador daquele timaço gerado pela parceria Palmeiras-Parmalat, com um talento tão grande quanto às suas polêmicas. Nada, no entanto, impediu que Edmundo fosse consagrado e respeitado no Verdão. O então jovem técnico Vanderlei Luxemburgo montou um time ofensivo e que tirava muito proveito dos grandes atletas disponíveis. Muitos deles também estavam presentes na Copa de 94.

3- CORINTHIANS (1998-2000): Luxemburgo de novo? Sim, o ex-comandante do Palmeiras pintou no Timão em 98 e deu início a uma geração que compôs boa parte do elenco da Seleção da Copa de 2002. Ricardinho, Rincón, Edílson Capetinha, Vampeta e Marcelinho Carioca. O Pé-de-Anjo, aliás, foi o principal jogador daquela geração e o maior atleta que eu vi vestindo a camisa do Corinthians, com muita cerebralidade, ousadia e boas cobranças de falta. Pena que suas polêmicas foram tão grandes quanto seu talento. Atrevo-me a dizer que o Corinthians do Tite e do Mano Menezes seria facilmente engolido por esta geração.

4- SANTOS (2002-2004): com poucos recursos e em uma grande crise, o Peixe apostou em Emerson Leão que, por sua vez, montou um elenco com vários atletas da base e alguns garotos desconhecidos. Mas que garotos? Elano, Léo, Renato, Alex Rodrigo, Diego e... Robinho. O Rei das Pedaladas foi um fenômeno dentro e fora de campo. Seu sucesso teve o mesmo impacto cultural -talvez, até maior- que Neymar nos dias de hoje. Dribles, molecagens e muito futebol bonito. Ouso dizer que a geração de Robinho era ainda melhor do que o time que Dorival Júnior montou em 2010.

PS. Desculpe-me se eu esqueci de citar algum jogador, mas recorrer à Wikipedia para me lembrar dos times tiraria todo o clima de resgatar lembranças tão agradáveis!

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