O bom desempenho da Seleção Argentina nos últimos anos se deve a uma melhora da qualidade do futebol, mais técnico e menos pesado, bem como de um processo de renovação que tirou alguns medalhões e os substituiu por atletas mais jovens para arejar um pouco o elenco. Saíram Demichelis, Zanetti, Samuel, Cambiasso, Verón, Heinze, Burdisso, Maxi Rodríguez, Gabi e Diego Milito. No lugar deles, nomes como Zabaleta, Rojo, Banega, Garay, Higuaín, Agüero e Lavezzi.
O bom futebol também se refletiu no desempenho de seu principal jogador, Lionel Messi que parece mais à vontade com o manto albiceleste e vem jogando no mesmo nível que no Barcelona.
Mas, afinal, o que Maradona, Basile e Sergio Batista haviam errado? O que o atual treinador, Alejandro Sabella, fez que o camisa 10 passou a jogar bem?
Simples: os outros treinadores escalavam equipes muito pesadas e mais preocupadas com os aspectos defensivos em detrimento aos criativos. A Argentina também sofreu com a saída do cérebro do time, Riquelme, e, com isso, a equipe não tinha nenhum jogador capaz de armar e organizar as jogadas. A responsabilidade passou para Maxi Rodríguez, que é muito mais um marcador do que um armador. Di María, o outro meia titular, também não é meia-armador e sim um meia atacante e o negócio dele é sair com a bola dominada e efetuar uma infiltração individual pelos flancos. Com o meio-de-campo "vazio", Messi voltava para buscar a bola e a carregava para o campo de ataque, visando servir os companheiros Tévez, Milito e Higuaín. Com isso, o camisa 10 era rebaixado de um atacante excepcional para um meio-campista comum.
Jogando mais adiantado e com um meio-de-campo que valoriza mais a posse de bola, Messi encontrou nesta renovada Albiceleste o cenário perfeito para jogar do jeito que gosta e na posição que ele mais aprecia, mais próximo à área. Com isso, La Pulga desandou de fazer gols pelo seu país e provou a todos que ele não dependia de Xavi e Iniesta, como muitos acreditavam.
Estou ansioso para o próximo ano e ver o melhor do mundo ser também o melhor da Copa de 2014. Messi merece, e muito, essa honra por tudo o que ele fez e pelo que representa ao futebol. E seria uma honra ainda maior que se acontecesse aqui no Brasil.
Boa sorte, Lionel! É o que deseja este blogueiro que é seu fã confesso!
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