quarta-feira, 29 de maio de 2013

Os Dois Milionários que Eu Gosto

Os times que são financiados por magnatas do Leste Europeu e do Oriente Médio são um paradoxo para mim: seus proprietários poderiam adquirir quase todos os atletas que bem entendessem para seus times -só não poderiam tirar, por exemplo, Xavi do Barcelona ou Rogério Ceni do São Paulo. Porém, mesmo com tantos craques em seus plantéis, muitos times "milionários" jogam futebol mais de força do que de técnica. Veja o PSG, que não abre mão de Maxwell, Matuidi, Jallet, Van der Wiel, Thiago Motta e Alex Rodrigo. Ou o Chelsea, com Terry, Lampard e Ashley Cole. Muita gente pra marcar e pouca gente para criar.

Por outro lado, times que são mais "fornecedores" de atletas do que "aceptores" contam com elencos leves e jogam um belo futebol. Borussia Dortmund, Valencia e Athletic Bilbao jogam no ataque e trocando passes, mas raramente conseguem manter seus elencos. Os times mencionados sempre perdem seus principais atletas para Manchester United, Barcelona, Real Madrid, ...

Felizmente, há times que justificam o alto investimento feito e apresentam um futebol que, se não é agradável, ao menos há atletas que sabem jogar bola.

O primeiro time "milionário" que eu gosto é o Shaktar Donetsk, da Ucrânia. A equipe é quase uma colônia brasileira no Leste Europeu, contando com Alex Teixeira, Luiz Adriano, Eduardo, Douglas Costa, Fernandinho, Alan Patrick, Maicon, Ilsinho e, mais recentemente, Taison. O time comandado pelo romeno Mircea Lucescu joga no ataque e sempre dá um calor nos adversários. O treinador, que completará dez anos no comando em 2014, já conquistou sete Ligas Ucranianas e um título na Europa League. Lamento apenas que o meia Willian, ex-Corinthians, não tenha permanecido por lá, pois ele era um grande diferencial para a equipe.

O outro time que eu simpatizo é o Manchester City. Os Citizens não jogam um futebol bonito, mas há atletas que sabem tratar a bola com carinho para compensar, como Agüero, David Silva e Samir Nasri. Confesso que torci para que o City conseguisse fazer a dobradinha neste ano, mas o futebol pragmático e de resultados do arquirrival Manchester United não permitiu. Os cartolas do time azul-celeste vivem convidando ex-atletas do Barcelona para que implementem a filosofia de trocas de passes do clube catalão. Ainda falta muito, mas dá pra chegar lá.

Agora, o Monaco, recém promovido da segunda divisão da Liga Francesa, tornou-se um "novo rico". Gostaria muito de saber qual rumo a equipe francesa vai tomar: o da força ou o da técnica.

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