Vendo alguns sites relacionados ao meu Tricolor, vi que muitos estão orgulhosos que "três jogadores formados no CT de Cotia fizeram os gols contra a França no último domingo e quebraram o tabu que durava quase trinta anos". Os "três garotos" em questão são Hernanes, Lucas e Oscar.
Confesso que fiquei pasmado em ler o nome de Oscar entre os atletas do qual sites ligados ao São Paulo dizem se orgulhar. Para quem não sabe ou não se lembra, o meia do Chelsea deixou o Tricolor no fim da década passada pela porta dos fundos após desentendimentos entre atleta, dirigentes e empresários do jogador. Na ocasião, Oscar foi hostilizado após conseguir se transferir para o Internacional de Porto Alegre, onde se destacou e ganhou projeção para ir à Seleção Brasileira e, posteriormente, ao Chelsea.
Até hoje me lembro quando Oscar surgiu no meu Tricolor. Ele até foi escalado para algumas partidas em que o São Paulo só cumpria tabela, mas teve poucas chances a despeito do Soberano necessitar de meio-campistas para organizar e armar jogada pelo centro. Aquele setor, aliás, havia ficado órfão com as saídas de Souza e Leandro. Passaram por lá nomes como Hugo, Marlos e Léo Lima. Até Dagoberto, Éder Luis (atacantes) e Hernanes (volante) chegaram a ser improvisados no setor. Sem sucesso.
O São Paulo, aliás, revela muitos bons atletas. Aquele CT de Cotia foi um grande investimento -foi ideia do atual mandatário Juvenal Juvêncio, devo reconhecer- com excelente infra-estrutura. Mas na hora de efetivar os garotos, observo que poucos acabam tendo chances reais a despeito de haver carências para as posições onde jogam ou para o banco de reservas. E, ao invés disso, aparecem medalhões ou atletas de times de divisões inferiores. Será que um time que revela tantos talentos como o São Paulo precisa mesmo recorrer a esse tipo de recurso? Depois, o clube perde um atleta do nível do Oscar, que hoje está fazendo sucesso no Chelsea.
Eu estou muito feliz com o sucesso de Oscar, ao mesmo tempo que fico desapontado com a maneira como ele foi tratado por dirigentes e torcedores. E agora, ele é "motivo de orgulho" para o CT de Cotia.
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