É Muito Bom Ver o Caju Novamente

Imagem extraída de http://www.facebook.com/BotafogoOficial

Foi com muita satisfação que eu vi o grande Paulo César Caju de volta à mídia. Assisti à sua magnifica entrevista concedida ao programa A Última Palavra no canal Fox Sports. Dias antes, assisti ao ex-atleta conceder outra entrevista no programa de Jorge Kajuru no canal Esporte Interativo.

Eu acompanhava Caju em sua coluna semanal no extinto Jornal da Tarde. O fim de seus textos foi a principal motivação para eu abrir este blog com o objetivo de manter vivas as ideias que o ex-jogador escrevia em seu espaço.

Fiquei muito surpreso e ao mesmo tempo fascinado com o que vi. Um ser humano iluminado, esclarecido com excelentes ideias, não apenas para o esporte, mas também para a injusta sociedade brasileira.

Caju manteve o discurso de criticar a violência do nosso futebol, a falta de craques ou de lances bonitos, o descaso dos dirigentes com o esporte, e a modesta participação de atletas e de ex-atletas nas decisões dos clubes e da CBF. Ao mesmo tempo, o ex-meia contou suas experiências passadas com a pobreza, o racismo, seu envolvimento com a política, as desavenças que teve com dirigentes e o seu drama com as drogas.

Quem assiste às entrevistas provavelmente acredita tudo isso não passa de "chororô" dos ex-atletas inconformados com altos salários recebidos pelos jogadores das gerações atuais. Basta, no entanto, comparar com o que acontece na Alemanha, por exemplo: por lá, os grandes ídolos do passado são sempre lembrados e muitos deles contribuem com o futebol até hoje. Beckenbauer, Breitner, Hoeness, Heynckes e outros sempre tiveram e continuam tendo espaço nos grandes clubes e na DFB. Aqui no Brasil, o máximo que você vê é um Pelé ou um Ronaldo dando um ou outro pitaco.

Minha esperança é de que as recentes aparições de Caju na mídia abram-lhe as portas para que o ex-jogador tenha mais espaço para expor suas ideias. O futebol brasileiro está muito feio e, principalmente, injusto. Nós precisamos de mais gente como o grande Paulo César Caju para iluminar o Brasil.