segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Lágrimas da Superação

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo FC-
http://www.facebook.com/saopaulofc

Com toda a honestidade, eu não gosto de exaltar equipes em que a marcação e a determinação (eu não gosto de usar a palavra "raça") se sobrepõem à técnica e ao talento. No entanto, diante das circunstâncias em que o jogo transcorreu, é impossível não fazer elogios à maneira que o meu São Paulo superou o drama em Salvador ontem à tarde.

O jogo que começou com um abraço coletivo -em apoio ao movimento Bom Senso FC- foi realizado sob o forte sol baiano.

A meu ver, o Bahia já começou errando na escolha dos uniformes -utilizaram a camisa número 3 com tom mais escuro. Eles deveriam saber que cores mais escuras absorvem mais calor e isso pode ter afetado o desempenho do time da casa. O Tricolor de Aço poderia ter tido o bom senso e entrado com o uniforme branco, o que obrigaria o São Paulo a usar seu uniforme mais escuro.

Em campo, o São Paulo não jogou exatamente um futebol agradável, mas percebeu-se evoluções desde a última passagem de Muricy entre 2006 e 2009. O time jogou um pouco mais no solo e valorizou a posse da bola. Boa parte disso deve-se ao talento de Ganso, que vem evoluindo muito desde a chegada de Muricy. O Bahia, por sua vez, cometeu mais equívocos em campo, aceitando a marcação são-paulina e oferecendo espaço para Ganso, Ademílson e Aloísio jogarem. Espaços que custaram pontos diante de um rival direto na fuga do rebaixamento, quando Rafael Tolói achou Aloísio livre para marcar o gol da vitória pela direita.


O 3-5-2 do São Paulo que poderia variar para 5-3-2 ou 4-4-2
conforme o posicionamento dos laterais Reinaldo e Douglas
(obtido via this11.com)

As expulsões de Maicon e Denílson -merecidas, diga-se de passagem- e a lesão de Aloísio obrigaram Muricy a recuar toda a equipe. O Bahia avançou seu time, mas não conseguiu furar a retranca do Tricolor Paulista a despeito de estarem com dois jogadores a mais.


Com as expulsões de Denílson e Maicon, Muricy adotou o
"Matteobol" (recuar a equipe em duas linhas de quatro jogadores)
e negou espaços ao Bahia (obtido via this11.com)

O clima dramático da partida fez com que Muricy e Rogério Ceni exaltassem a vitória heróica -o capitão tricolor chorou em um misto de dor e felicidade ao término do jogo. A equipe paulista regressa de Salvador com mais três pontos para fugir do rebaixamento e com a confiança renovada diante de um adversário trabalhoso e sua torcida fanática (se a partida fosse disputada há dois meses atrás, provavelmente o São Paulo teria levado uma goleada).


Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo FC-
http://www.facebook.com/saopaulofc

Não costumo exaltar "times guerreiros" e suas formações defensivas, como eu escrevi no começo desta resenha. Mas no contexto em que o jogo foi inserido -o São Paulo com dois jogadores a menos que o Bahia e com tantos desfalques- o Soberano merece, sim, ser reverenciado pela vitória heróica diante do Tricolor de Aço.

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