quarta-feira, 30 de outubro de 2013

"Quem Quiser Ver Jogo Bonito que Vá Ver o Barcelona Jogar"

Imagem extraída de http://www.facebook.com/MeuGremio

Antes eu criticava o Grêmio dirigido pelo Celso Roth em 2008 e seu futebol de mais raça do que técnica. Hoje, o Grêmio dirigido pelo Renato Portaluppi (ou Renato Gaúcho) segue o mesmo caminho, com mais pegada do que talento.

Eu havia achado uma excelente ideia quando a diretoria gremista resolveu dar mais uma chance ao ex-atacante. Renato é o maior jogador da história do Tricolor. Era conhecido pelo seu talento em campo, pelos títulos conquistados (Libertadores e Mundial Interclubes em 1983), pela sua identificação com o Imortal e pelas suas passagens pela Seleção Brasileira. Eu acreditei que ele revolucionaria o pragmático futebol do time porto-alegrense.

O treinador, contudo, declarou em entrevista que quem quisesse ver espetáculo em campo, que fosse assistir ao Barcelona. Ele, portanto, estava admitindo que o futebol praticado por sua equipe não teria lances como dribles, toque de bola, criatividade ou velocidade. O Grêmio está, mais uma vez, a caminho da Libertadores graças a um futebol onde o que vale é o resultado, e não como se joga bola.

É uma grande pena, pois o elenco do Grêmio tem bons jogadores. Por lá nos temos o Barcos (um bom centroavante que sabe tratar a bola com carinho), o chileno Vargas (combina técnica, velocidade e esforço em campo), o volante Elano (esforçado), o meio-campista Zé Roberto (tem visão de jogo, experiência e sabe organizar uma boa jogada) e o goleiro Dida (já em fim de carreira, mas com um talento incontestável e que parece resistir aos efeitos do tempo). Com todo esse elenco, seria perfeitamente possível vermos um Tricolor jogando um futebol mais leve, agradável e criativo.


Imagem extraída de http://www.facebook.com/MeuGremio


Claro que é tudo questão de gosto. Há quem aprecie um futebol de raça, empenho, entrega e coração. Eu, no entanto, sempre lamento quando um time abre mão da técnica e do talento em nome da "eficiência". Perdemos a chance de formar e desenvolver novos craques para, em vez disso, criarmos atletas conhecidos mais pelos seus músculos do que pelos seus dribles.

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