quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Criticar Sim, Abandonar Jamais

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo-
http://www.facebook.com/saopaulofc

Bastou o meu Tricolor voltar a fazer uma sequência ruim de partidas e os protestos voltaram. Há torcedores pedindo a cabeça de Muricy (provavelmente os mesmos que o aclamaram quando o treinador voltou ao Morumbi no mês passado), solicitam a aposentadoria de Rogério e querem Luis Fabiano fora da equipe.

O resultado de ontem foi péssimo. Uma goleada por 3x0 para o Santos que estava com um atleta a menos é algo difícil de explicar.

Se o resultado fosse outro, Muricy estaria sendo comparado a Guardiola, Rogério seria exaltado por sua liderança e Luis Fabiano seria o "Fabuoloso".

As críticas que eu faço ao Soberano são as mesmas que eu faço ao Corinthians, Vasco, Grêmio, Inter e outros times brasileiros: o São Paulo precisa treinar fundamentos. Os times estão errando muitos passes, desperdiçam oportunidades claras de gol, posicionam-se de maneira incorreta, correm feito loucos em campo e dão muitos chutões. Nenhum time brasileiro joga futebol, às exceções do Atlético Mineiro e do Cruzeiro.

Muricy já melhorou o ambiente no time ao isolar a equipe dos problemas políticos, e a diretoria, se não acertou em resgatar o treinador, teve o bom senso de ouvir as revindicações do torcedor. A equipe também deixou de cometer faltas violentas -a quantidade de expulsões diminuiu- e demonstra vontade de jogar bola novamente.

Mudar o treinador não vai adiantar nada. Esse tipo de medida, aliás, jamais salvou uma equipe dos maus resultados. Não dá para esperar, também, grandes contratações de impacto: a janela de transferências do exterior está fechada e raramente um atleta chega no Brasil e resolve os problemas logo de cara. Ou será que o Lúcio resolveu os problemas da zaga no Tricolor? O Renato Augusto, por acaso, chegou e acabou com a falta de criatividade no meio-de-campo do Timão? Alguém aí viu o Seedorf brilhar em 2012 pelo Fogão?

Antes de ouvir o coração, temos de buscar soluções racionais e cabíveis ao momento do clube. Não adianta tomar decisões no fogo da fúria e depois se arrepender duas semanas depois. Foi assim com o próprio Muricy em 2009, depois que dirigentes demitiram o treinador precipitadamente após a eliminação na Libertadores daquele ano.

Como dizem os próprios são-paulinos, "criticar sim, abandonar jamais".

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