O Legado de Zico

Imagem extraída de-http://www.facebook.com/ZicoOficial

Zico é um dos maiores nomes do futebol mundial, mesmo sem ter ganho nenhum título pela Seleção Brasileira -injustamente, diga-se de passagem.

O Galinho é reconhecido no mundo inteiro pela sua genialidade e habilidade. Tanto que o seu ex-clube, a Udinese, fez questão de parabenizá-lo pelo seu sexagésimo aniversário.

Nenhum país, no entanto, respeita e admira tanto o Galinho como o Japão. Zico aceitou voltar aos gramados no começo dos anos 90 para ajudar a divulgar e a profissionalizar a J-League. O carioca foi homenageado pelo seu ex-clube no Japão, o Kashima Antlers, com uma estátua e o ex-jogador recebeu o carinhoso apelido de "Deus do Futebol" (サッカーの神様) dos admiradores nipônicos.

Anos mais tarde, em 2002, Zico aceitou dirigir a Seleção Japonesa e levar os Samurais Azuis a mais uma copa do mundo. O Japão conseguiu se classificar para a copa na Alemanha em 2006, mas acabou sendo eliminado na primeira fase do mundial e o Galinho deixou a seleção pouco depois da derrota para o Brasil.

Tudo o que Zico cultivou no passado, no entanto, vem dando frutos. Muitos atletas japoneses vêm se destacando e alguns deles estão atuando em grandes clubes da Europa, principalmente na Alemanha. O futebol da atual geração de japoneses ainda requer aperfeiçoamento, mas apresenta jogo coletivo, toque de bola, leveza e ousadia. Quem assistiu à partida do Japão contra a Itália válida pela Copa das Confederações deste ano ficou maravilhado com o que viu.

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Eu me questiono o que teria acontecido se Zico estivesse no comando da atual geração de atletas da Terra do Sol Nascente. O Galinho jogou muita bola quando era jogador e tem muita bagagem para ensinar aos garotos. E o ex-maio-campista saberia como poucos a melhor maneira de utilizar os talentos de Kagawa, Uchida, Okazaki, Havenaar, entre outros. Nada contra o trabalho do atual treinador, Alberto Zaccheroni, que vem fazendo um bom trabalho, com a equipe atuando com a bola no chão.

O Japão aprendeu a jogar bola graças aos talentos brasileiros e Zico é, até hoje, o atleta mais influente no futebol japonês. E no Brasil? Será que algum dia vamos reconhecer que o nosso futebol está feio e voltaremos a dar ouvido aos craques do passado, como Tostão, Rivelino, Falcão e o próprio Zico?