quarta-feira, 18 de junho de 2014

A Eliminação Precoce da Espanha Não Representa o Fim do Tiki-Taka

Imagem extraída de https://www.facebook.com/uefaeuro


A surpreendente eliminação da Espanha ainda na fase de grupos fez muitos alardearem por um "final de ciclo" ou pelo "esgotamento da fórmula do Tiki-Taka".

É claro que Vicente del Bosque e sua Espanha cometeram erros. Deixar Xavi no banco fez com que a Furia perdesse um pouco da qualidade no meio-de-campo prejudicando até mesmo a execução do Tiki-Taka. E a equipe espanhola teve muitas chances de chutar a gol, mas preferia passar a bola e acabava desperdiçando oportunidades que fizeram falta mais tarde.

O Chile contou com uma arma interessante para anular os espanhóis: o tamanho de seus atletas. Sim, afinal os baixinhos da Roja não eram muito mais fortes que os espanhóis e tampouco os superavam no jogo aéreo. Em compensação, os chilenos se valeram de sua velocidade e determinação em campo ao avançarem para ataque e ainda terem fôlego para voltarem para marcar. E nenhum jogador da Espanha teve tranquilidade para jogar: bastava um deles pegar na bola para que dois chilenos viessem na cobertura. A marcação por pressão impediu o toque de bola espanhol. O Chile foi implacável na marcação, tanto no campo de ataque quanto na defesa.

Para o ataque, o Chile utilizou as mesmas armas da Espanha, com muitas trocas de passes acrescida de muita velocidade e raça. Os gols foram marcados pelo ex-gremista Eduardo Vargas e pelo volante do Inter Charles Aránguiz. E a Roja não se contentou com os dois tentos e tentou buscar mais gols depois do resultado consolidado.

A eliminação da Espanha, contudo, não significa que a era do futebol de troca de passes se foi, talvez apenas do ciclo representado pela atual geração. Alemanha, Bélgica, Croácia, Itália e o próprio Chile jogam com a bola no chão abusando das tabelinhas e das triangulações. Também gosto de mencionar o Barcelona, o Bayern, o Borussia Dortmund, o Arsenal e o Ajax como praticantes desta verdadeira obra de arte do futebol.


O Chile levou vantagem por ter atletas velozes, que souberam
marcar por pressão e forçar a saída de bola, tanto no campo de
ataque quanto no de defesa (obtido via this11.com).

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