O Estranho (e Eficiente) 4-2-3-1 de Löw

Imagem extraída de https://www.facebook.com/DFBTeam

O zagueiro Pepe foi expulso ao final do primeiro tempo após um desentendimento com Müller e comprometeu o desempenho de sua equipe. O luso-brasileiro não pode ser responsabilizado pela derrota de Portugal, afinal o placar já marcava 2x0 para os alemães quando o defensor foi expulso, mas o camisa 3, sem dúvidas, minou qualquer chance de reação dos portugueses ao deixar seu time com um homem a menos.

O treinador Joachim Löw ousou muito em sua escalação inicial, mesmo enfrentando um adversário de respeito como Portugal. A Alemanha entrou em campo com quatro zagueiros (Boateng, Hummels, Mertesacker e Höwedes), o lateral Lahm centralizado como volante e cinco meio-campistas (Özil, Khedira, Götze, Müller e Kroos). Foi um 4-5-1/4-2-3-1 estranho, sem nenhum atacante ou winger de ofício.

A estranheza inicial da formação, contudo, em nada comprometeu o desempenho do time, que ganhou leveza, coletividade e velocidade. A Alemanha não teve nenhum trabalho para chegar com perigo à meta de Rui Patrício. Complementando o conjunto, a defesa foi muito bem organizada e cometeu poucas faltas.

O estranho 4-2-3-1 da Alemanha com quatro zagueiros, cinco
meio-campistas e um lateral improvisado de volante. Apesar disso,
o time manteve a posse da bola e a criação de oportunidades.
A linha de quatro defensores se encarregou de anular os três
atacantes portugueses (obtido via this11.com).

Portugal fez o seu modus operandi e tentou utilizar os velozes Moutinho, Ronaldo e Nani para articular suas jogadas, mas o forte quarteto defensivo alemão deu conta de anular os lusos. Além da expulsão de Pepe, a Seleção portuguesa deu o azar de perder Éder e Coentrão lesionados. Se a Alemanha já não tinha nenhuma dificuldade em atacar contra o adversário completo, a missão tornou-se ainda mais fácil com os desfalques rivais e com a superioridade numérica.

Ronaldo, Nani e Moutinho ainda tentaram uma última cartada nos minutos finais e chegaram a levar perigo ao gol de Neuer, mas a defesa alemã e a boa fase do arqueiro do Bayern foram capazes de anular até mesmo o melhor jogador do mundo. Ironicamente, o próprio Ronaldo e o seu Real Madrid haviam superado todos esses jogadores de defesa durante a Champions League 2013-14 -Höwedes pelo Schalke 04, Hummels pelo Borussia e Neuer pelo Bayern.

Não podemos deixar de mencionar a grande atuação do meia-atacante Thomas Müller, autor de três dos quatro gols (o outro foi anotado pelo zagueiro Hummels) e artilheiro isolado da Copa do Mundo 2014. Detalhe: ele já havia sido o artilheiro na África do Sul há quatro anos atrás. Será que Müller mantêm a chuteira de ouro em 2014?