sábado, 21 de junho de 2014

Faltou "Bayern" à Alemanha?

Imagem extraída do Facebook oficial do Bayern München- https://www.facebook.com/FCBayern

Uma das críticas feitas à Seleção Alemã por alguns comentaristas foi a seguinte: a Alemanha teria perdido a objetividade ao seguir a escola espanhola de futebol, preocupando-se muito mais em manter a posse de bola em detrimento às finalizações.

O treinador Joachim Löw, de fato, parece ter sido bastante influenciado pelo Bayern de Guardiola, com Lahm improvisado como volante, colocando vários meio-campistas para manter a posse de bola e a ausência de um centroavante de ofício -Müller atuou como "falso nove" assim como ele tem feito no time bávaro desde a vinda do treinador catalão.

Sou fã e defensor da escola espanhola de futebol e acredito que o time que tem a bola impede o rival de jogar. Mas a Seleção Ganesa, contudo, soube explorar as fraquezas do estilo espanhol e colocou isso em prática contra a Mannschaft na partida de hoje. Marcação adiantada, superioridade numérica no campo de defesa e uso da força (cometendo poucas faltas, no entanto) fizeram os africanos terem uma partida bastante equilibrada contra os alemães. Em muitos momentos, eram os ganeses quem estavam encurralando os rivais.


Alemanha mantem a posse de bola e o controle da partida ao
disponibilizar seis meio-campistas. Gana contra-ataca com as
armas "anti-Guardiola": vantagem numérica no campo de defesa,
marcação por pressão no campo de ataque e uso moderado
da força física (imagem obtida via this11.com).

O gol anotado por Mario Götze logo no começo do segundo tempo não abalou a determinação dos ganeses, muito pelo contrário: os Estrelas Negras foram ainda mais verticais e incisivos no ataque. Souberam aproveitar as subidas de Mustafi e Höwedes e criaram pelas pontas suas melhores chances de gol.


Pressão total: mesmo com a desvantagem no placar, o treinador
James Appiah não se intimidou e colocou seu time no ataque.
Articulando jogadas pelos flancos, Gana chegou ao empate e
depois à virada (obtido via this11.com).


Com a desvantagem no placar, Joachim Löw deixou de ser "Barcelona" e voltou a ser "Bayern". Tirou Khedira e Götze para as entradas de Schweinsteiger e Klose. A Alemanha passou a jogar mais em velocidade e agressividade. A movimentação e a pressão intensa dos alemães obrigou os ganeses a recuarem. Klose empatou e, por muito pouco, a Mannschaft não consolida a virada.


Mais "Bayern" do que nunca, Alemanha dá uma prensa nos
ganeses, arranca o empate com Klose e, por pouco, não
chega à virada (obtido via this11.com).

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