sexta-feira, 13 de junho de 2014

Com Robben, a Laranja Voltou a Ser Mecânica

Imagem extraída do Facebook oficial do Bayern München- https://www.facebook.com/FCBayern

Nem esperei terminar a partida entre Camarões e México. Os primeiros trinta minutos foram tão desanimadores que fui apoiar o time de Bernardinho na Liga Mundial. Eu mal esperava que o melhor estava por vir na partida seguinte da Copa do Mundo.

Nunca fiquei tão contente com uma goleada sofrida pela Espanha. Fico triste com a derrota da Furia, mas fico feliz com o renascimento do estilo de futebol que deu origem ao próprio Tiki-Taka: a escola holandesa de futebol.

Movimentação, velocidade, trocas de posições, coletividade, objetividade, ousadia e ofensividade. Foi realmente um show o que a Holanda fez em campo hoje. Eu já havia escrito como o fracasso na Ucrânia em 2012 havia sido fundamental para que a Oranje se reinventasse e voltasse a honrar sua tradição no futebol sob o comando de Louis Van Gaal.

A Espanha soube tirar proveito da frágil defesa holandesa no primeiro tempo, trocou muitos passes no campo de ataque e não demorou a criar oportunidades. Em uma delas, Diego Costa foi derrubado na área e gerou um pênalti convertido por Xabi Alonso. Acuada, restou à Holanda tentar articular chances no contra-ataque, quando Blind, em uma dessas oportunidades, achou Van Persie na área que encobriu Casillas adiantado. Assim foi o primeiro tempo.


Primeiro tempo: Espanha encurrala a Holanda e mantém a posse da
bola. As poucas chances da Oranje vêm de contra-ataques
aproveitando espaços deixados pelas subidas de Alba e
Azpilicueta (imagem obtida via this11.com).


Sem ter como melhorar sua defesa, Van Gaal utilizou o que tinha de melhor para superar os espanhóis no segundo tempo: o ataque. A Holanda adiantou a marcação para diminuir a recomposição de bola da Espanha, assim como o Bayern havia feito com o Barcelona em 2013. E aproveitou para pressionar os rivais na base da velocidade.

Robben foi soberano em campo: atuou pelos dois lados, desarmou, driblou, criou chances de gol, finalizou e deixou o seu duas vezes neste verdadeiro chocolate holandês.


Com presença de área e jogando nas costas dos dois laterais,
Robben "matou" o jogo com os dois últimos gols, levando a
virada holandesa a 5x1 (imagem obtida via this11.com).


A Holanda mostrou sua superioridade em campo com um placar incontestável e um estilo que realmente lembrava a filosofia de jogo do saudoso Rinus Michels. Só não foi perfeita porque seus volantes foram muito faltosos em campo. Pela Espanha, muitos falaram em "fim de ciclo" ou "que o Tiki-Taka já estava 'manjado'". Menos, pessoal. Menos.

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