domingo, 29 de junho de 2014

A Holanda Ensinou Uma Lição Aos Retranqueiros

Imagem extraída do Facebook oficial do Bayern München- https://www.facebook.com/FCBayern


Que me desculpem os mexicanos, mas celebrei com gosto a classificação da ofensiva Holanda e a eliminação do acomodado México. Nada contra La Verde, mas minha torcida é sempre para os times mais ofensivos e/ou que joguem um bom futebol. A Oranje, ciente de seus problemas defensivos, buscou jogo o tempo todo para compensar e não deixou de tentar mesmo após sofrer o gol de Giovani dos Santos logo no começo do segundo tempo.

O treinador Louis Van Gaal foi obrigado a queimar uma alteração logo de cara quando Nigel De Jong sentiu uma lesão e colocou Bruno Martins Indi -aquele que havia sofrido um traumatismo craniano leve contra a Austrália. Sem o volante, a Holanda criou mais mas ficou ainda mais exposta aos contra-golpes mexicanos.


Sem De Jong, machucado, Louis Van Gaal optou por jogar sem
volantes para pressionar a forte defesa mexicana, mas ofereceu
espaços para Guardado e Giovani contra-atacarem à vontade
(imagem obtida via this11.com).


O segundo tempo começou com o México fazendo um gol relâmpago na Holanda. Tudo levava a crer que La Verde chegaria a uma inédita quarta-de-final. Mas...


Surpresa! Após rápida troca de passe, Giovani dos Santos achou
um buraco na já frágil zaga holandesa e fuzilou Cillessen logo no
começo da segunda etapa (obtido via this11.com).


O México tinha o resultado em mãos, mas o treinador Miguel Herrera cometeu um erro que se tornaria mortal: o técnico recuou todo o time e ofereceu espaço para a Holanda jogar. Os mexicanos lotaram o campo de defesa e tentaram abafar os avanços holandeses.

O treinador Van Gaal, mais uma vez, usou o que sua equipe tinha de melhor para buscar a virada: o ataque. Toque de bola, chuveirinhos, bolas paradas, jogadas individuais, ... A Oranje foi encurralando o México que, esporadicamente, criava algum contra-ataque, mas sem efeito.

O castigo para os mexicanos veio durante os dez minutos finais, quando Arjen Robben cobrou escanteio que gerou rebote devidamente aproveitado pelo até então apagado Sneijder. Minutos depois, Robben sofreu o pênalti (duvidoso) que Klaas-Jan Huntelaar converteu para sacramentar a virada e a classificação dos holandeses.


A pressão holandesa fez o México pagar pela covardia.
Robben, o mais proativo do grupo, buscou jogo o tempo todo,
chamou a responsabilidade nas bolas paradas e sofreu o pênalti
que decretou a virada da Oranje (obtido via this11.com).


Comemorei, e muito, o gol de Huntelaar. Seria um grande desfavor ao futebol ver uma equipe retranqueira como o México eliminar a ofensiva Holanda. Já lamentei ver a ofensiva Croácia sucumbir diante da retranca mexicana. Seria triste ver mais uma equipe que quis jogo o tempo todo parar diante de um rival que abriu mão da criação de oportunidades em favor da "eficiência".

Apenas lamento que o México joga sem rifar a bola, sabe atacar e conta com jogadores de bola, dos quais destaco aqui o meia Guardado e o atacante Giovani dos Santos. O treinador, no entanto, optou por jogar com o regulamento embaixo do braço ao invés de aproveitar todo o potencial de sua equipe e foi merecidamente punido pelo ataque holandês.

Bato palmas para atitude do treinador Louis Van Gaal que, mais uma vez, teve ousadia nas substituições e não abriu mão do ataque. Robben, que tentou motivar o time buscando jogo o tempo todo, também merece elogios pelas suas ações em campo.

Que haja mais times com a mentalidade desta Holanda. Chega de times que só ganham na "eficiência".

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