quinta-feira, 26 de junho de 2014

Saldo Insuficiente

Imagem extraída de https://www.facebook.com/DFBTeam

O esperado "jogo dos compadres" acabou não acontecendo, afinal bastaria um empate para classificar os dois times. A despeito disto, Alemanha e Estados Unidos lutaram muito e criaram chances o tempo todo. O placar apertado fez jus ao equilíbrio da partida, com uma leve pendência para o lado da Mannschaft, que conta com muitos atletas diferenciados.

A Alemanha foi visivelmente melhor, mas não escapa de algumas críticas. Faço coro com o grande Tostão e ainda não entendo por que o melhor lateral do mundo, Philipp Lahm, tem de atuar improvisado como volante se a Mannschaft tem opções excelente para a posição, como Kroos, Schweinsteiger e Khedira. Também acho questionável utilizar meias nas pontas (Özil e Götze) quando se tem wingers de ofício (Podolski, Schürrle e Grosskreutz), embora esta escolha tenha funcionado perfeitamente na partida contra Portugal e não tenha comprometido nestes dois últimos jogos.

De qualquer forma, a posse de bola alemã facilitou o trabalho dos atacantes e eles não tiveram nenhuma dificuldade para chegarem ao gol. Os Estados Unidos, tiveram menos posse e se valiam mais dos contra-ataques, mas demonstraram evolução de 2010 pra cá, com o time atuando com a bola no chão e demonstrando objetividade. Um bom trabalho do grande Jürgen Klinsmann.


É verdade que os Estados Unidos melhoraram de 2010 pra cá e
os norte-americanos conseguiram equilibrar a partida em alguns
momentos, mas a superioridade alemã era notória a maior parte
do tempo (imagem obtida via this11.com).


No segundo tempo, o equilíbrio persistiu, mas a Alemanha continuava trocando passes no campo de ataque e tornou-se mais perigosa com a entrada de Klose. O centroavante não deixou sua marca hoje, mas sempre foi perigoso. Uma falta perto da área gerou o rebote que Thomas Müller aproveitou para anotar seu quarto gol neste mundial.

O restante do segundo tempo foi mais do mesmo, com a Alemanha mantendo a posse da bola e os Estados Unidos tentando criar chances em contra-ataque. Eles estava visivelmente ansiosos em campo porque precisavam do resultado para não dependerem da sorte. Tanto, que os norte-americanos cometeram mais faltas e chegaram a literalmente bater cabeça em campo.


Eles bem que tentaram, mas os Estados Unidos não conseguiram
passar pela zaga alemã e pelo goleirão Neuer. A Alemanha
 adotou uma formação mais ortodoxa no segundo tempo e foi mais
perigosa nas finalizações (obtido via this11.com).


Os alemães confirmaram o favoritismo e o primeiro lugar do "mini-grupo da morte" ao derrotarem os Estados Unidos com o placar mínimo. Enquanto isso, em um jogo bastante disputado, ganeses e portugueses lutavam entre si pela segunda vaga enquanto torciam para que o jogo entre Alemanha e Estados Unidos tivesse um vencedor. Os alemães fizeram a "parte deles". Portugal, com um time melhor do que Gana (que ficou desfalcada de Prince e Muntari por problemas no elenco) venceu os Estrelas Negras em Brasília, mas não conseguiram vencer os norte-americanos no saldo de gols. Com a combinação de resultados, Gana e Portugal morrem abraçados e Estados Unidos, mesmo com a derrota, vai para as oitavas com a Alemanha.

Minha torcida neste grupo foi visivelmente para o time que joga o melhor futebol, a Alemanha. Os demais times tanto faziam para mim. Portugal, teoricamente, estava um nível acima de Gana e dos Estados Unidos, mas seus principais atletas pagaram o preço após a pesada temporada de jogos em 2013-14, especialmente Ronaldo e Coentrão. Gana, a meu ver, era melhor que os norte-americanos, mas é possível que os noticiados desentendimentos no elenco tenham tido influencia no desempenho do time.

Assim se confirma o Grupo G, com a Alemanha fazendo jus ao favoritismo e os Estados Unidos surpreendendo.


Imagem extraída de https://www.facebook.com/DFBTeam

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