sábado, 28 de junho de 2014

Vencemos! Mas Até Quando?

Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF


O time do Brasil tem muito o que agradecer ao seu goleiro Júlio César. A zaga demonstrou muita insegurança durante a partida e o arqueiro foi obrigado a fazer grandes defesas com a bola rolando. E salvou as cobranças de Alexis Sánchez e Mauricio Pinilla, permitindo a classificação de nossa Selação.

O experiente goleiro salvou o dia, mas o Brasil teve bastante sorte no dia de hoje. O Chile estava muito melhor em campo, com seus jogadores se desdobrando para marcar e também para criar. A Roja teve mais posse de bola, apresentou mais organização em campo e teve bem mais chances de matar o jogo. Só pecaram por terem sido muito faltosos, mas temos de respeitar o futebol chileno, que combina posse de bola e muita garra.

O Brasil apresentou muitos problemas no meio-de-campo, justamente o setor em que o Chile se destaca. Talvez não tenha sido uma boa ideia mudar o esquema de 4-2-3-1 para 4-4-2, o que causou o esvaziamento do meio-de-campo e também o excesso de bolas longas vindas da zaga. Para completar, os chilenos tiraram proveito das subidas dos laterais.


Brasil no 4-4-2 esbarra na defesa chilena, que congestiona o
campo de defesa para roubar a bola e articular contra-golpes
(imagem obtida via this11.com).


Para não dizer que o Brasil foi só erros, a Seleção acertou ao jogar pelo alto e forçar os chilenos a atuarem nos chuveirinhos, pois os atletas do Chile são baixinhos e ótimos com a bola no chão, mas fracos no jogo aéreo.


Chile avança trocando passes, confundindo a marcação
brasileira e aproveitando os espaços deixados no meio-de-campo
e nas laterais (obtido via this11.com).


O Chile continuou dominando as ações no segundo tempo, salvo pelo gol anulado de Hulk e pela metade final, quando o Brasil chegou com mais perigo ao gol de Bravo, mas pecava nas finalizações mesmo pelo alto, quando poucos chilenos tinham condições de dividirem uma bola por cima. Isto, contudo, não impediu que os atacantes chilenos continuassem a chegar com perigo ao gol de Júlio César, incluindo uma paulada na trave efetuada por Pinilla.


Brasil sem ideias no meio-de-campo durante o segundo tempo
obriga os atacantes a buscarem a bola e os laterais a abandonarem
seus postos para servirem Jô. Chile continua trocando passes
no ataque e congestionando o campo de defesa para compensar
a falta de força ou de estatura de seus "baixinhos"
(imagem obtida via this11.com).


A prorrogação foi mais do mesmo com os atletas exaustos devido ao forte calor e aos 120 minutos de bola rolando. A indecisão persistiu e o jogo, inevitavelmente foi para os pênaltis. O nervosismo pesou dos dois lados, com direito a Willian e Gonzalo Jara errando suas cobranças.

O Brasil venceu, mas não podemos deixar de parabenizar os chilenos, cujo futebol combina toque de bola e dedicação. Eles, pelo volume de jogo apresentado, até mereciam avançar às quartas, mas prevaleceu o mando de campo.

Nossa Seleção merece parabéns pela classificação, mas isto não pode nos fazer esquecer dos problemas do Brasil. Nossos atletas erram muitos passes, criam pouco no meio-de-campo e os laterais oferecem muito espaço para os rivais jogar.

Tivemos sorte em muitos momentos, mas até quando ela estará a nosso lado?

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